quarta-feira

Intervenção

Quando eu tinha o canal A&E na minha rede de canais disponíveis, um dos programas que eu mais gostava de assistir era o Intervention.

É um programa que mostra casos de pessoas que estão viciadas em alguma (s) droga(s), bebida(s), etc. ou que tem comportamentos (obsessivos compulsivos, transtornos), no qual, lhe tragam crises pessoais e isso lhe distancia dos seus amigos e entes queridos. No programa, primeiro, relatam e mostram como a pessoa vive, com a participação da mesma (acho que falam para a pessoa que é um documentário) e assim ela vai tendo sua rotina, consumindo o que costuma consumir e na mesma freqüência... Tendo suas crises, pré e pós, isso tudo na frente das câmeras, situações de comportamento em geral frente à vida e às pessoas, tudo filmado e narrado... 

O desfecho sempre é uma grande surpresa, visto que não depende da intervenção em si, e sim da pessoa aceitar a doença e querer se tratar. Há sempre um interventor, que supostamente é o narrador e no final promove uma reunião, convidando além do protagonista, seus familiares e amigos queridos (geralmente pessoas que mais convive) e nesta reunião, cada qual traz um relato, do que cada um sente por esta pessoa, o que ela significa em suas vidas, etc. Narrando, como antes tínham uma relação afetuosa, o seu passado e hoje como se sentem em relação ao seu declínio, por conta do que está usando ou fazendo. É uma parte bem comovente e também um desabafo, pois neste momento, essas pessoas dizem que aquele dia, será o último de convivência (por orientação do programa), caso a pessoa não aceite o tratamento proposto (geralmente é uma clínica distante de casa). Diz que vai abandoná-lo de uma vez... Enfim, é uma forma de mostrar o quanto a pessoa é importante e que precisa salvar-se de alguma forma, e aí é com ela...

Às vezes, o "sujeito intervindo" aceita o tratamento e no final do programa temos uma boa notícia, que faz "x" tempos que não está mais fazendo aquilo , ou não, às vezes infelizmente a pessoa depois de pouquíssimo tentar, larga a clínica e volta a usar drogas ou continuar tendo os tocs, as paranóias e se nega a se ajudar, voltando a ficar do mesmo jeito que no começo do programa, largada, na rua, ou em abrigos...

Eu gosto deste programa, por alguns motivos, um é que eu acredito que devemos ter esperança de cura, em relação a qualquer tipo de enfermidade e acho que muitas vezes, famílias ficam desesperadas e não sabem mais o que fazer, são casos muito difíceis, mas tão comuns hoje em dia. Acredito que a abordagem do programa auxilia na identificação do problema, que hoje, aqui no Brasil, sem dúvida é de saúde pública, e não problemas de ordem criminal ou ilícita, e que, infelizmente há em cada família, pelo menos um caso de alguém que passa ou passou por isso...

Outra coisa que eu gosto, que não só via neste programa mais em outros: Eu sempre gostei de entender a mente humana, principalmente pessoas perdidas e desequilibradas. Sempre gostei de ler e assistir sobre pessoas que passam por transtornos ou que necessitam, de burlar sua mente com algo artificial, (drogas sintéticas ou não, bebidas e afins) para poder seguir sua vida e como isso tudo é de fato para si e para os que o rodeiam... 

Acredito que a mente humana é algo tão poderoso, tanto para o bem quanto para o mal, que ler ou assistir programas, filmes ou documentários sobre estas artimanhas e situações onde ela é moldada, alterada ou transformada pelo próprio homem, no mínimo me intriga. Essa necessidade absurdamente forte de fugir de sí mesmo, me deixa com vontade de aproximar, ver, sentir e tentar entender...



Também leio sempre sobre pessoas com traços psicopatas, porque sempre tenho a curiosidade de entender o que levou aquela pessoa a chegar àquele ponto, o que faz um ser humano fazer coisas tão absurdas e atrozes e na sua mente, entender que aquilo é um ato normal, de salvação ou de amor. Como vivia, qual era o cenário, as pessoas como intervieram em sua vida de forma a criar ou não o mostro que ali se mostra. Como alguém absolutamente normal, vivendo entre nós, como se nada estivesse acontecendo ou prestes a acontecer...

São os mistérios de nossa mente e de fato, como sentimos. Os poetas que me desculpem, mas os sentimentos estão na mente e não no coração. A mente nos produz sentimentos e nos orienta para tudo, ela entrelaça presente e futuro, aromas a pessoas, musicas a momentos e épocas vividas e nada isso tem haver com o coração, mas com a mente e seu emaranhado de neurônios e informações. Se a mente não vai bem, nenhum órgão por menos romântico que isso possa parecer, vai funcionar adequadamente. Como é possível  amar  e ser amado com a mente insana ou dependendo quimicamente de algo para acordar ou repousar...

Voltando a intervenção, eu não participei do programa, mas resolvi que eu precisava de uma intervenção. Ao contrário do que eu queria, pois sempre gostei de sentir as coisas como elas são, até mesmo para contar depois cada dor e cada delícia de cada momento, sem nenhuma química interferindo nas minhas vivências ou ponto de vista. Apenas, queria a normalidade dos fatos, sem intervenções de nada químico ou irreal. Acredito que a pior lembrança é de alguém que bebeu demais, é tenta recordar os diálogos, os cheiros, os gostos e as sensações que o corpo teve e simplesmente nada, não consegue... Há somente um grande apagão entre o antes e o agora, o caminho percorrido se foi no meio do gelo e do som... A memória agora pesa e dói, e a cabeça lateja e lateja como um eco de uma caixa vazia e perdida...

Ouvi algumas pessoas queridas e que realmente queriam me ajudar, intervir de alguma forma com suas histórias e experiências, um pouco de cada, assim como disse a Pietra esses dias para mim..."Mãe cada um tem que dar um pouquinho e a gente depois tem um montão!" E como o tempo corria e ele nos passa a perna, procurei uma médica, uma psiquiatra.

Claro, foi muito duro para eu aceitar isso! Não por preconceito de aceitar que estava precisando de ajuda, isso está bem claro para mim, mas por conta da intervenção química, que ainda que benéfica, me traz ainda muitas ressalvas em relação ao seu uso e o que isso faz na minha mente e conseqüentemente em minha vida. Seria eu agora um ser transgênico? Alterando quimicamente os meus pensamentos e ações... Meus sentimentos são verdadeiros ou é um estado que o remédio faz a minha mente pensar que está sentindo e ai sente mesmo...

Não há dúvida o quanto inteligente são essas drogas modernas... E esse sempre foi o meu grande pavor. O pavor da intervenção no DNA, nos neurônios entrelaçados em nossas memórias, sentimentos, nossas convicções, crenças, ressalvas e loucuras.... 




 Mas fui. Aceitei, porque o processo natural não estava sendo normal há muito tempo. E como escrevi há pouco, o tempo nos faz tomar decisões mesmo que contrárias do que o tempo todo acreditou antes ter. E sempre o tempo vem com essa brincadeira de esfregar na cara, atitudes nas quais outrora você repugnava, criticava, batia no peito e dizia: Eu não!!!!! E agora enfiam literalmente goela abaixo suas convicções, porque percebe que o tempo mais uma vez bate à sua porta e diz: Amiga?? Até quando???

Esse tempo é dor e é cura, é sábio e cruel, necessário para os que têm pressa, odiado para os que não têm.

Outra coisa que os remédios me causam é a desconfiança, é o assédio constante dos seus fabricantes aos profissionais de saúde (ainda estudantes) e suas pesquisas estatísticas quantitativas e não qualitativas. Somos meros números naqueles informes publicitários, belíssimos das indústrias farmacêuticas, somos parte da faixa etária, de uma cor que salta aos olhos nos folders envernizados, nas mãos de um propagandista belo e engomado (as embalagens sempre contam muito). O médico, rendido pelas migalhas dos planos de saúde, tendo jornadas triplas, raramente tem tempo para ler ou estudar a metade da farmacologia bombardeada o dia todo em seu consultório e aí, você é a cor, você é a faixa, e é você é que vai testar se o remédio presta ou não. Assuntos particularmente particulares a cada indivíduo, são automaticamente substituídos pelo grupo das faixas e cores e assim vamos nós, movimentamos e rica indústria e seus "staffs" de drogas lícitas.

A médica, disse-me que vou me sentir melhor em dez, quinze dias... Que no começo vou até achar que não está fazendo efeito, mas depois vou me sentir melhor.Hoje, faz nove dias que estou tomando o remédio. A sensação de tristeza é mínima, não sinto mais àquela vontade de chorar por cada folha que cai de uma árvore, não tenho vontade de esganar a pessoa que me não para o carro para que eu passe com as minhas filhas na faixa de segurança, a vontade de comer a geladeira também diminuiu, mas a sensação que estou exatamente é de uma pessoa que vive de ressaca, mas sem a dor de cabeça, sabe como se a mente não tem cem por cento de certeza, tipo um pós anestesia, que você sabe do panorâmico, mas não se atêm aos detalhes... 

Entro no chuveiro e o banho parece ser mais gostoso, não sinto a ansiedade de sair do box... Já consigo olhar os pés e cuidar das unhas, mas sem esmaltes, cores nas unhas, nem pensar! Somente fazer o básico mesmo, eu ainda não estou me sentindo preparada para as futilidades, elas ainda me atacam tal como ofensas. O sono pela manhã ainda é pesado e as obrigações de mãe, ainda me condicionam aos horários, mesmo que o corpo ainda diga que não.

O sentimento agora de ponta é a indiferença. Eu não gosto dele, mas não posso deixar de dizer que ás vezes ele é melhor de sentir que a dor. É egoísta sim, mas para um ser que se preocupava demais com tudo e com todos, como eu, acho que está sendo um aprendizado sentir indiferença. Mas dizer que eu gosto, ahh  isso não! E espero e registro aqui, que ainda não quero este no meu hall de entrada...

A leitura também está mais demorada, preguiçosa, tal como as idéias e opiniões....Nebulosas...Hoje até me lembrei e me vi como a Rê Bordosa (quem tem minha idade vai se lembrar desta personagem do Angeli, que vivia de ressaca no meio de uma banheira... ). No lugar da banheira (que infelizmente não tenho) eu me vejo no carro, no sofá, na cama e no meio das pessoas, como se existisse algo que eu esteja emersa e alienada, indiferente a tudo e a todos...




Estava preocupada em postar e com a minha indiferença aguçada da minha mente quimicamente modificada, escrever coisas que deixassem algo anormal de eu mesma. Registro constante do mau humor e do sarcasmo, terrivel isso... Como se eu não estivesse totalmente eu e a falta do domínio natural de minha mente, meus sentimentos, fizesse algo que ferisse alguém sem eu perceber, por isso também preferi não ler e não comentar sobre o que as pessoas escreviam.

Mas hoje, felizmente senti vontade de escrever.

Assim, vou me empenhar a voltar a ler os blogs que eu gosto e que sempre admirei, comentar, enfim... Vou continuar tentando,  propondo a minha mente que pare de ficar nessa nebulosa e resolva seguir, mesmo que ainda alterada e incerta, mas vou mais uma vez intervir a fim de não continuar me afastando, me impedindo,me privando...

Sei que a sensação que sempre tive, a vibração de cada manhã e a força do acreditar profundamente nos seres, só mesmo Deus que vai restaurar em seu tempo... Coisas assim não há remédio nenhum que o homem fabrique que possa manter o espírito elevado e a esperança, sem que Deus faça sua intervenção.

Também, como não poderia deixar de registrar, a ajuda de pessoas que de certa forma intervieram, com a intenção única de me auxiliar e me apoiar: Meu companheiro Carlos que agüentou firmemente à minha prostração diária, minhas filhas maravilhosas que somente com seu sorriso me disseram muito (não é Rafa?), Dama, Isa, Déia, Ester,Vaneza, Rafa, Sãozita, Lua, Jou, minha sincera gratidão no compartilhar...

Punto e basta!


Obs.: Acabei de ver a publicação da lindas Flávia e Geórgia O que elas estão lendo... (Obrigada!)

29 comentários:

  1. Não sei o que realmente e de fato aconteceu com vc, mas o seu desabafo, muito convicente e sincero...e que bom estás voltando! Posso deixar-te Caetano Veloso, que de alguma forma vc cita no seu texto: "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"...
    Paz e meu carinho!

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  2. Oiê,

    Então, quando acordamos e descobrimos que somos humanos (frágeis) e precisamos das pessoas que também precisam da gente (amor), descobrimos que vale qualquer esforço (mente sã, corpo são), isto nos custa muita dor que dizemos ser do coração (emocional) e o tempo passa a ser o melhor remédio (cada dia que passa, uma vitória!). Não dar espaço em nossa mente, ocupando esta gigantesca oficina com tudo que nos põe para o alto e avante! A cura é com Deus, pois a nossa "recaída" está ao alcance de nossas mãos (mente). As armadilhas que nós mesmos nos colocamos são subterfúgios para nos aproximar daquilo que nos afasta da vida e nos aproxima da morte! Milhares de pessoas no mundo, descobriram que têm a chave que abre a porta da solução e levam para uma vida plena, tão feliz, que antes achavam não existir, esta chave chama-se perseverança. Dar-se a chance e ser feliz!
    Um grande abraço :)

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  3. Oi Dea! Toda transição tem um período "adormecido". Já não estamos cá, mas ainda falta um pouco para chegarmos lá. O importante, sempre, é o primeiro passo. E esse, você deu. Como você disse no seu texto, no frigir dos ovos, mesmo com todos falando, aconselhando, somos nós que precisamos virar o jogo. Você, ainda tem, no meu ver, uma vantagem: você carrega Deus em seu coração! E Deus quer que fiquemos bem, mesmo se isso incluir tomarmos remédios - já pensou a pessoa que tem câncer se não pudesse tomar remédio esperando um milagre divino e não percebendo que a evolução da ciência que gerou aquelas pesquisas todas e criou aquele remédio É o milagre que Deus criou em sua vida?
    Pois tenho certeza de que Deus colocou todas essas pessoas ao seu redor para que, com carinho e atenção, pudessem lhe indicar um caminho de cura. E, pela ação do Espírito, você enxergou que toda essa ajuda era bem vinda, e aceitou o milagre na sua vida.
    E quem ganha com isso? VOCÊ, em primeiro lugar, seguida de pertinho pelas meninas e o Carlos. Nós, seus amigos reais e virtuais (o que prá mim é uma grande bobagem essa divisão, pois tenho encontrado pessoas tão dedicadas e atenciosas aqui na blogosfera quanto na vida do lado de fora, mas enfim...) que gostamos de ler os seus textos, compartilha das suas ideias, receber suas visitas com comentários tão pertinentes. Em suma, TODOS NÓS que gostamos de você.
    Mas esse comentário saiu uma declaração de amor, hein? rsrs!
    Estou riscando o calendário, a data já espreita!!! VIVA! E a pergunta que não quer calar: no meu ou no seu? rsrsrs!!! Manda um email quando estiver com vontade!! Beijos, Deia.

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  4. Minha amiga que bom ter notícias suas e melhor ainda, saber que você está sendo orientada e assistida por um profissional.
    É importante detectarmos o que nos acomete, não dá para levarmos a vida sem sabermos o porquê de nos sentirmos assim ou assado.
    Entendo perfeitamente, a questão do remédio, mas acredite, aos poucos eles serão retirados. É só uma ajuda momentânea para um período um pouco mais difícil. Mais um pouco e você se sentirá mais em seu estado normal.
    Um pequeno sorriso aqui, outro ali e logo você terá superado esse momento.
    Fico imensamente feliz em saber que você se sente melhor e mais que sua família está ao seu lado.
    Um beijo e se precisar de qualquer coisa grita!

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  5. Amiga te mandei um comentário antes... a página expirou bem na hora... depois me diz se chegou.

    BeijoZ

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  6. Minha querida, que saudades de vc!!!

    E agora estou aqui com os olhos marejados, e não é pena de vc não, viu?!
    Embora me sensibize e muito com o momento em vc está vivendo.
    O que me emociona é a sua verdade, essa lucidez que lhe é peculiar, esse jeito de dizer as coisas exatamente como são,
    mesmo temendo exagerar ou diminuir, mesmo faltando um pouco de visão para dimensionar os detalhes...
    E como eu te entendo, minha amiga, faço tratamento de tireóide e um dos sintomas que tenho sentido é depressão, fiquei muito pensativa com este seu texto, pois meu endócrino acha que terei que tomar antidepressivo. Achei-me nas suas palavras quando disse

    "...o tempo nos faz tomar decisões mesmo que contrárias do que o tempo todo acreditou antes ter. E sempre o tempo vem com essa brincadeira de esfregar na cara, atitudes nas quais outrora você repugnava, criticava, batia no peito e dizia: Eu não!!!!!..."

    como isso é verdade! Esta sua forma de grafar seus sentimentos me impressiona desde a primeira vez que a li, e este texto mais ainda que qualquer outro.
    Mas o mais importante nisso tudo é saber que não precisamos ser reféns das nossas adversidades, temos ajuda divina, médica, nossos familiares e nossos amigos, e temos que achar dentro de nós mesmas aquela chama ainda que pequena de querermos ajuda para que venha a transformação e as mudanças.

    Estamos juntas nesta caminhada, amiga, e conte comigo no que precisar!

    Abraços dessa sua amiga bipolar :):

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  7. Tem num poema de Robert Frost, The Road Not Taken, A estrada não percorrida, uma parte que diz algo mais ou menos assim: no bosque duas estradas divergiam e eu peguei a menos percorrida. E isso fez toda a diferença!

    É um lindo poema! E o trago para, nesse pedaço, só para dizer que suas escolhas revelam a sua grandiosidade humana, a vontade de vida, a força de sua voz interior, a alma impregnada de esperança, as amizades florescidas e fortalecidas na mutualidade do respeito e admiração. Revelam luz divina, brilhando intensamente nos olhares amorososos, intensamente amorosos de suas filhas e companheiro.

    Faz toda a diferença a estrada menos percorrida... É reveladora da grandiosidade, da perseverança, dos rompimentos e superações...

    Você está muitíssimo bem amparada nas amizades construidas (Isadora, Déia e Ester). Desnecessário que outras palavras adjetivem tal cumplicidade!

    Meu carinho, respeito e admiração a você, Andrea.

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  8. Amiga, que saudade de vc!
    Hj fui na minha lista de blogs pra clicar no seu, entrar aqui e dizer: kd vc???
    Aí já vi q tinha uma nova postagem. Li tud, senti cada palavra, Dea.
    E digo pra vc: Muita força amiga, muita fé e pensamentos votados pra coisas positivas, por mais dificil q seja!
    Seus amigos, vc sempre saberá quem são, q estão ao teu lado e te querem muuuuuuuuuuito bem!

    Sabes q te adoro muuuito, sinto muito sua falta por aqui... És linda demais e deixa um buraco nos nossos dias, qto faltas com tua delicadeza e palavras alegres e ensinamentos... nossa qta falta faz.
    Bom, já te citei várias vezes no meu blog, sabe q te admiro pacas e torço pra q esteja logo mais, firme e forte como sempre.
    sobre esse processo, só quero dizer q estás no caminho certo!

    Um bjo grande!
    Michelle
    Sofia e
    Theo

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  9. Lindo post Andrea! Cheio de sentimentos e autêntico como tudo que você escreve!

    Olha eu vou procurar esse programa Intervention, a proposta me agradou bastante. Até porque eu já fui viciada em drogas de uma maneira absurda que quase me matou e se não fosse a ajuda de minha mãe na época eu não estaria mais aqui...

    Também gosto muito de tudo que se refere a psicopatas, leio bastante a respeito, mas quero eles bem longe de mim... rsrs... Apenas é curioso entender como alguém pode não sentir, não se colocar no lugar do outro, não ter empatia com seres humanos iguais a ele...

    Interessante é que ontem antes de você colocar esse post, eu tinha pensado em escrever pra você pra saber como estava. Sempre me interesso muito por pessoas que passam por depressão, porque já passei e sei o quanto isso pode detonar a nossa vida! Tento ajudar, contando minha história, mas a verdade é que existe ainda um preconceito contra psiquiatras e medicamentos psicotrópicos. Não entendo isso, já que a mente faz parte do nosso corpo. Então se não temos problemas pra tratar o estômago, o coração, porque teríamos com a mente?

    Eu sabia que você iria melhorar e torci pra isso! Agora tenha calma porque ainda vai melhorar mais! E tente não pensar na sua mente como quimicamente modificada, porque químicamente modificada é a mente de quem se droga. Sua mente tem um desequílibrio químico que a medicação está corrigindo. Então é uma mente quimicamente corrigida. Você está voltando para o estado que é o normal...

    Devo te alertar para um fato... A gente tende a ser sentir muito bem quando o medicamente faz efeito e depois isso caí um pouco, mas não é porque você piorou. O que acontece é que no início você tem um surto de bem-estar por ter saído daquela situação sufocante da depressão e depois você retorna ao seu humor normal de sempre...

    Fico muito feliz por você estar melhorando e me mantenha sempre informada, qualquer dúvida pode me escrever!

    Beijocas

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  10. Oi minha amiga, saudades de você!

    Sei bem o que você está falando com relação a tratamento. Há um tempo atrás eu tive um problema de 'síndrome do pânico' e consequentemente depressão. Eu, não suportava a angústia que me dava com tudo. Eu mesmo procurei a intervenção médica, procurei tratamento, me confundia, não sabia até que ponto estava doente, mas, venci. Me tratei durante um ano, consegui mais coisas do que esperava com o tratamento. Consegui me encontrar bem mais.

    Acho muito legal você procurar ler e entender o que se passa com você. Crer que DEUS é mais que tudo, ter fé. TUDO ISSO VAI PASSAR, PORQUE NADA DURA PARA SEMPRE, NEM MESMO A TEMPESTADE.

    Lindo post, muito bom tê-la de volta!
    bjssssssssssss e o que precisar, estou aqui!

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  11. Olá, querida.

    Seu texto é muito intenso, como sempre, e faz refletir. Realmente, são situações que levam a limites perigosos, a embates dolorosos para todos os envolvidos. Entretanto eu creio que, de uma forma ou de outra, todos crescem, todos se tornam melhores, todos evoluem, tanto quem passa pela situação quanto quem está conosco, nos ajudando, nos apoiando da melhor maneira que podem. A vida tem seus caminhos e, acima de tudo, temos que confiar em Deus e, como vc disse, termos coragem pra virar o jogo. Confie em vc. Eu confio!
    Conte comigo, esta sua amiga bipolar, atrapalhada, mas cheia de amor no coração e uma vontade férrea, assim como vc.
    Obrigada, meu anjo, pelas palavras lá no Chocolate. Vc é sempre sensível e amorosa.
    Beijos.

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  12. Olá, Andreea! Vc voltou!!! Eeee!
    Seja bem vinda novamente!

    Seu post foi bem reflexivo, acabei fazendo várias reflexões em torno das suas, tanto dentro do assunto que vc pautou como fora dele. Pensei sobre o tempo, sobre como somos importantes para algumas pessoas, como nossas visões de mundo vão mudando conforme nossas necessidades e, para variar, refleti muito em torno da fala da Pietra. Cada um dá um pouquinho e temos e somos um montão. Adorei, ela é, sem dúvida, seu chocolate premiado.

    Fico feliz que tenha encontrado uma trilha, um caminho que te deixa mais feliz e tranquila.

    Volte aqui mais vezes.

    Beijinhos,

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  13. que lindo!
    Não a 'nebuloSA' mais o desabafo!
    Vc falou tudo aquilo que por vezes tentei escrever no meu blog e não consegui...
    A minha nebulosa ainda está bastante densa, mais o fato de eu estar trabalhando me dá um motivo de acordar todos os dias... é minha terapia!
    Eu jamais conseguiria escrever ou mesmo falar pra alguem isso que escreveste!
    Fico entalada sem saber descrever o que sinto!
    Ahh Andrea... cada vez mais me sinto parecida com vc!
    Foi muito, muito bom te ler hoje!

    Um abraçO afetuoso e violeta!

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  14. Ei queridaaaaaa, tudo bem? Andei sumidinha, mas tô voltando... adorei a primeira foto do seu post, fiquei olhando pra ela e viajei aqui...bjo, bjo! ;)
    She

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  15. Ai, seus posts me prendem por aqui... tenho que fazer a janta, ams não consigo sair do seu blog...rrssss
    beijuu
    www.sermulhereomaximo.com.br

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  16. Oi Andrea!
    Te mandei um comentário por e-mail porque para mim está cada vez mais difícil comentar do trabalho. Eu leio tudo no reader mas não dá para comentar.
    Compratilhei seu post pelo reader com o Caco e dei um "gostei disso"

    Só falando aqui uma coisa que eu não citei no e-mail, eu também gostava muito dessa série e lá ela me mostrou muita coisa sobre os tratamentos. Vi uma caso uma vez de um carinha, cantor de uma banda, que destruiu a banda..tipo: eles tinham uma carreira toda promissora, sabe...e o pior..ele desistiu do tratamento e se afundou nas drogas. Uma pena.

    Que fique sua dica para os leitores. Eu assino em baixo.
    Beijos Linda!

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  17. Amiga... eu tinha dito no comentário que eu estava feliz por você ter tomado essa decisão... de certa forma a sua coragem pode ser motivadora para quem muitas vezes reluta em usar remédios. Eu por exemplo sou uma... fico adiando a visita ao psiquiatra... cheguei até tomar antidepressivos por um tempo... mas não senti melhora... então desisti. Ando meio pra baixo também... mas esse seu post me ajudou, me incentivou a procurar ajuda também. Tem horas que eu nem sei como o pobre do meu marido me aguenta.

    E eu concordo com a Dama... sua mente não tá modificada por remédios... os remédios estão consertando o que estava errado nela.

    BeijoZzz, minha linda, te adoro!

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  18. (Andrea, havia escrito um comentário imenso. E blogger deu erro, ai ai ai.)

    Mas vamos lá.

    Andrea, fico feliz em receber noticias suas, confesso que mesmo que seja por meio de um turbilhão que vc esteja passando, meu sorriso ficou largo, ao saber que minha amiga está bem, de certa forma.

    Existem coisas que gostaria de dizer com calma, e de forma pausada, pois quando temos apreço, queremos os queridos sempre bem.

    Mas, devo dizer que ter vc de volta aqui, com seus textos e essencia é muito bom. E vc precisa saber, que fez muita falta. Senti falta das suas reflexões, textos, olhares sobre assuntos e comentários. A casa lá, ficou vazia sem vc, creia.

    E vc deveria saber ainda, que pessoas como vc, estão em extinção nesse mundão. De coração bom, atitudes nobres, alegres, gentis e humanas; é raro de se achar. Creia novamente. Por isso mesmo que em meio a esse turbilhão que se encontra a sua vida, meu sorriso se rasgou ao saber noticias suas.

    Olha.
    Acredito que a vida é feita de fases. E isto é somente uma fase minha amiga, logo irá passar, nada dura para sempre. As vezes as formas de evolução do nosso espirito, vem de maneiras duras, asperas e porque não dificeis. É como se fosse uma provação, pra si mesma, para que vc cresça de espirito com essa fase, por eu acredito que as dificuldades surgem justamente para isso. Torço muito por vc.

    Lembre-se: nada é por acaso, nem os altos e baixos. Muitas vezes precisamos tomar um 'acorda' para mudarmos os rumos de nossa vida. No final, a gente reflete e vê que foi 'bom', que vc viu o outro lado das coisas, e principalmente que vc superou. As vezes necessitamos passar por algumas dificuldades para entender os processos da vida, outras vezes a razão está ali na nossa cara, estampada! Como uma tarde gostosa ensolarada. Basta apenas, tirarmos a essencia disso, da melhor maneira possivel.

    Te considero uma pessoa muito forte, e muito corajosa. Por aceitar a intervenção, por estar determinada, mesmo que cansada, mesmo com vontades de ficar quetinha, mas vc ta firme, batalhando. E isso me faz ter muito orgulho de vc. Uma pessoa muito forte. Muito corajosa e determinada. Aqui cabe dizer, que sempre ti com essas caracteristicas.

    E por fim, saiba que eu a Camila estamos torcendo muito por vc e pedindo demais, para que vc sempre, sempre, sempre, esteja em paz consigo mesma. Porque estar em paz com vc, é estar em paz com tudo.

    Obrigado Andrea, pela oportunidade, de me deixar fazer parte da sua vida e compartilhar a essencia maravilhosa da pessoa que vc é.

    CUIDE-SE.
    Um grande beijo e um abraço bem apertado.
    Beijo nas meninas e abração no Carlos.

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  19. Obg pela visita...
    O texto é ficção, mas não descarto que logo venha alguém que caiba nos meus sonhos ou eu nos dele, vai saber! Ando quietinho!
    Sobre depressão, eu sei o que isso, já tive umas crises brabas...mas hj estou bem, atravessando agosto... Há sim, uma luz logo ali! Um bom fim de semana!

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  20. As vezes as intervenções são necessárias. Pois há um momento em que você sente que não pode mais suportar. Já tive momentos assim, e essas intervenções, a curto prazo, bastam para melhorar tudo. Com o tempo, o resto trata de se ajeitar da forma mais adequada.

    Espero que você esteja bem e aos poucos volte a fazer tudo o que sempre fez e gostou! O processo é lento, mas acontece!

    Um grande beijo e fique bem! ^^
    beijos
    p.s. continue assistindo muitos filmes hein, terapia melhor não há! ;)

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  21. Oi Andrea!
    Li teu texto, como sempre leio... mas dessa vez não posso deixar de comentar!
    Não querendo me meter, mas já me metendo... rsrs, só queria te dar uma dica, nada contra remédios e tal, mas o remédio somente, recalca a dor e acho que é por isso que a pessoa se sente perdida, sente que os sintomas estão ficando mais fracos, mas não sabem aonde foi parar ou o que a fazia senti-los... O que quero dizer é que uma terapia em conjunto com os remédios pode te ajudar bem mais... inclusive a entender o que se passa eo que fez gerar tudo isso.
    E é isso querida... Desculpe a intromissão.
    Bjo

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  22. Andrea, minha amiga, passo por aqui para te deixar um beijo e ter notícias suas.
    Espero que você esteja se sentindo melhor.
    Um beijo

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  23. Andrea,

    Acabei de te mandar um email, não deixe de ler...

    beijão!!

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  24. Andrea queriiiida!
    Li, como sempre faço ao vir aqui, atentamente o teu texto. Parece que estavas a minha frente e eu te escutando. És transparente, minha flor. E isso é um ótimo começo para uma mudança.
    Dê um tempo, medique-se direitinho, sem cobranças e, quando menos esperares, notarás a melhora e ficarás confiante e feliz.
    Nós mulhers somos muito complexas e costumamos abraçar tudo. Consequentemente, nos esgotamos. Curta a família, tenha um tempo a cada dia só teu, entre outras coisas. Simplesmente, viva!
    São fases pelas quais passamos. Fases! Elas passam.
    Conte comigo quando precisares, minha flor!
    Beijocas, muitas!

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  25. Minha amiga, pense que é uma ajuda momentânea, para algo que você não estava conseguindo sozinha e mais que é algo para e por você, principalmente, e para seu marido e suas filhas, afinal eles a querem sorrindo e feliz. E tenho certeza de que você também.
    Logo você olhará para trás e verá que foi apenas uma fase, um momento. Que bom você ter batido essa papo. A Ester é do Universo? Eu a sigo também e gosto muito dela.
    Um beijinho com muito carinho

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  26. Oi Andrea!
    As vezes, o que me mantem seguindo é o aprendizado de que tudo na vida passa, independente de tempo, realmente tudo passa...
    e tenho certeza que isso acontecerá com vc também...ninguém esta imune a isso, vc consegue!
    beijo!

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  27. Andréa,
    Que post forte e corajoso!
    Aliás todos os textos do seu blog são assim, né?
    Vi que são textos grandes, coisa de quem gosta de escrever e tem muito a dizer.

    Também quero agradecer por você acompanhar meu blog, seja muito benvinda, tá?
    Beijos e bom fim de semana

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  28. Andrea, levei um tempinho para focar no teu post, neste aqui que parei e marquei para voltar. Me senti como se estivesse lendo o capítulo de um livro! Poucas pessoas conseguem postar com tanta firmeza do início ao fim como faz. Ainda bem que li nos parágrafos finais "Mas hoje, felizmente senti vontade de escrever." Blogar já é cientificamente comprovado que traz benefícios à saúde, por isso estou sempre disposto a manter as janelas e as portas do meu blog, sempre abertas. Continue por aqui que é um prazer estas palavras que nos compartilha. E muito obrigado pelas visitas lá no meu.

    Como sou da área da Saúde (Biológicas), compartilho da opinião de que, se é para melhorar, não nego em me medicar. O nosso corpo, embora seja uma máquina perfeitamente montada, precisa de manutenção, que nem sempre o próprio corpo consegue oferecer. Aí precisa da ajuda de "fora".

    Faça o que lhe for indicado, mas mantenha essas doses cavalares de parágrafos que é um tratamento e tanto para quem passa por aqui.

    Um beijo e até breve

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  29. Minha amiga passo a pedido da Mari Amorim para deixar uma triste notícia. O querido Hod, do blog O Olhar de Carpe Diem, nos deixou hoje, às 12h45.
    Um beijo

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