quarta-feira

O perfeccionismo

Texto Liane Alves
Publicado na Revista "Vida Simples"
Agosto de 2010

E a grama do vizinho...


A mania do perfeccionismo pode atravancar sua vida. Preste atenção e você verá que boa parte de seus sonhos só existe para satisfazer um modelo idealizado inatingível. Tirar do caminho essa casca de banana a tempo é nossa única saída

Todo publicitário sabe disso: somos basicamente movidos pela inveja. O desejo que dispara nossa vontade de consumir é o de querer ter o que outro tem, seja o carro do ano, a barriga tanquinho ou a família alegre que almoça ao redor de uma macarronada fumegante. Ora, ninguém vai invejar algo fácil de obter – porque, se é fácil, presume-se que todo mundo já tenha. Então, oferece-se o que é mais difícil de conseguir: o mais perfeito, o mais feliz, o mais bonito, amoroso, elegante ou sensual, enfim, o “mais mais” de qualquer coisa que possamos invejar. É assim que somos presos pelo anzol: não compramos apenas um produto, mas todo um modelo de beleza, status e perfeição que vem associado a ele. “Para nos aproximarmos do que é oferecido pela mídia, iremos comprar tudo ou fazer de tudo que nos dê a impressão de sermos tão perfeitos quanto o que vemos numa televisão ou numa revista. Sem parar para pensar no que estamos realmente fazendo conosco”, diz Regina Favre, psicoterapeuta, pesquisadora dos processos cognitivos e alguém muito atento ao sistema opressivo que traz dezenas de clientes ao seu consultório.

Nesse sentido, somos todos perfeccionistas, inclusive eu e você, que tateamos por uma vida mais simples e natural mas que ainda vivemos sob a influência da publicidade, da mídia e de muitos dos padrões vigentes. Como todo mundo, podemos estar ralando para cumprir modelos impostos sem perceber. E ralando muito, posto que a perfeição é mercadoria escassa nesse mundo naturalmente imperfeito. Além disso, ninguém vai nos contar que realizar o sonho de manter todas as áreas da vida sob controle é impossível, apesar de todo o esforço. Um corpo certinho não vai garantir relacionamentos plenos e amorosos, um emprego ideal ou a casa na praia não são sinônimos automáticos de felicidade. Este é o mecanismo perverso dessa história: a perfeição, mesmo quando é atingida, só nos chega aos pedaços.

Arapuca esperta

Esse desejo subliminar de perfeição alimenta toda a estrutura econômica e social da nossa cultura. Mais e melhor é o grande produto oferecido por um sistema que ao mesmo tempo que nos apavora com o medo de envelhecer, de sofrer, de ficar feio, ultrapassado ou gordo nos propõe soluções instantâneas para resolver esses “problemas”.

“É uma configuração de terror e alívio. Somos estimulados, por exemplo, a ter pavor da celulite, do olho caído, do músculo flácido, enfim, de tudo que indique a passagem do tempo, mas ao mesmo tempo nos são oferecidas academias de musculação, cremes maravilhosos, plásticas”, diz Regina Favre. “Hoje, as academias estão abertas até as 4 da manhã para que as pessoas possam frequentá-las. É uma luta desesperada para manter a forma de acordo com um determinado padrão. Procuramos por um corpo idealizado, perfeito, não um corpo sentido, vivido”, diz ela. Podemos estar nele e nem sequer percebê-lo, como se ele fosse apenas uma roupa bonita que se veste para, basicamente, mostrar para os outros.

Dentro do pacote

Segundo Regina Favre, duas doenças contemporâneas testemunham nossas reações diante desse desafio da perfeição: a síndrome do pânico e a depressão. “Se prenuncio que não vou conseguir atender ao padrão de exigências estabelecido, começo a entrar em ansiedade e, depois, em desespero, em aflição: é o pânico que chega. E se, ao contrário, dou conta do fracasso em cumprir o que é proposto idealmente pelo mercado, posso ser tomado pela depressão.”

E por que será que desejamos a perfeição de maneira tão obsessiva? “Há o mito construído por essa mesma estrutura mercadológica de que se não formos perfeitos, jovens e belos seremos excluídos. Portanto, temos medo da exclusão, da obsolescência. É esse o fantasma que nos ameaça: sermos jogados fora do mercado, seja profissional, seja sexual ou produtivo.”

E, mesmo quando atingimos as altíssimas metas de perfeição que estabelecemos para nós, o resultado pode não ser aquele que esperamos. “Atendi um jovem executivo, ótimo profissional, com competência em várias áreas, financeiramente realizado que, casado com uma mulher tão bonita quanto ele, não conseguia ter relações sexuais com ela. Exatamente porque no amor vinha embutido o que ele mais temia na vida: a possibilidade do sofrimento, da insegurança, do fracasso e do risco”, diz Regina.

Esquecemos algo fundamental: que sofrer, arriscar-se sem garantias, sentir-se inseguro e provar sentimentos de perda ou falta fazem parte da riqueza de experiências que a vida pode nos proporcionar. “Existe toda uma cultura, e uma indústria, do antissofrimento. Há uma condenação geral dos processos naturais da existência, como o envelhecer, por exemplo. Enfim, excluem-se as possibilidades que pertencem ao viver.” Evita-se ao máximo vivenciar experiências que possam trazer o imprevisível, o inseguro ou o sofrimento – como o amor e a entrega, por falar nisso.

O resultado? Ficamos cada vez mais hesitantes em experimentar verdadeiramente o sabor da vida, com suas disparidades, imprevisibilidades, erros e acertos, bobagens assumidas e não assumidas. Ao optar pelo controle que vem atrelado ao desejo de perfeição, perdemos cada vez mais o aprendizado e o encanto dos enganos que a existência pode nos oferecer.

Mas vem aí uma boa notícia: uma vigorosa contracorrente a esse tipo de pensamento já está presente há uns 30, 40 anos na sociedade. “Ela questiona e rejeita essa configuração de estilos de vida rigidamente perfeitos. Propõe um modo de viver mais respeitoso às particularidades do indivíduo e a nossa integração com a natureza. Emergem novos tipos de valores que se distanciam do modelo da perfeição e falam de novas posturas que incorporam conceitos como o desapego e a noção de impermanência, por exemplo. A sociedade de consumo não é mais o padrão ideal.”

Há igualmente uma recusa em usar um único parâmetro de beleza ou daquilo que se convenciona chamar de sucesso ou de felicidade. Essa nova atitude começa com o respeito ao próprio corpo. “Tomar conta da configuração de si é um ato político”, afirma Regina Favre. Ser responsável pela própria saúde, pelos alimentos que consumimos, pelos ritmos internos e necessidades pessoais é uma nova posição de vida, mais consciente e individualizada, e não mais só coletiva e imposta.

Ainda bem. Não deixa de ser um grande alívio constatar que fazemos parte desse outro movimento e que há uma benvinda transição em curso.

E começa a revolução

Se há uma pessoa que sempre observou, com perfurantes críticas, o que nos é proposto pela família, cultura, sociedade e também pelo mercantilismo, esse alguém é José Ângelo Gaiarsa. Psiquiatra, trouxe questionamentos profundos, expressos em vários livros, sobre nosso modo de viver, nossas escolhas e padrões de comportamento. Conhecedor da fisiologia do corpo humano, em especial do cérebro, coloca em dúvida nossa capacidade de fazer julgamentos justos sobre os parâmetros que usamos ao avaliar a perfeição. Isto é, estalamos nosso chicotinho à toa quando decidimos que não somos perfeitos e que isso é suficiente para nos condenar à desgraça. “Estamos submersos em um mundo de palavras e conceitos que não têm valor real e que só nos trazem infelicidade”, diz o doutor Gaiarsa. Para ele, a maioria dos nossos julgamentos não resiste a um simples exame de lógica: são superficiais, enganosos e altamente falhos. Em outras palavras, nossas conclusões sobre o que é ou não é perfeito não são nada confiáveis. “Não temos condição de nos julgar, ou de nos condenar, com isenção. Tenho alergia a palavras como ideias, conceitos, julgamentos que não dizem nada e só aumentam a nossa confusão. Já o corpo não mente jamais”, diz ele, que, com 90 anos, continua com o raciocínio tão rápido quanto o de um adolescente.

Segundo Gaiarsa, a grande revolução começa ao sentirmos mais o corpo, ao termos um contato mais profundo e próximo com ele. Isso significa respirar melhor, movimentar- se mais livremente e de forma não repetitiva, experimentar toda a gama de sensações que os sentidos podem nos oferecer. O sentimento de vitalidade, autonomia, autoapreciação e bem-estar experimentado na posse do próprio corpo pode nos tornar menos vulneráveis a modelos externos e a comparações.

Com esse conhecimento, abre-se o espaço para o nascimento de uma nova consciência, mais independente e autônoma. E Gaiarsa explica como e por quê. Segundo pesquisas recentes feitas por ele, os três cérebros – reptílico, límbico e cortical – que constituem nosso sistema cerebral, e que foram se formando ao longo de nossa evolução peixe-anfíbio-mamífero, se alimentam do oxigênio de forma diferente. O cérebro reptílico, como o dos próprios répteis, consome muito pouco oxigênio; o límbico, responsável por nossas emoções, também. É o neocórtex cerebral, o mais recente em termos evolucionários e também o responsável por nossa capacidade de pensar, avaliar ou julgar, que consome mais oxigênio dos três. “Isso significa que, ao respirarmos mais profundamente, o córtex se ilumina: o raciocínio torna-se claro, as conexões cerebrais se ampliam”z, afirma. É como trazer gasolina azul para nossa capacidade de pensar. E a conclusão de Gaiarsa é espantosa. “Se respiramos mal, estamos alimentando apenas nossos cérebros mais primitivos. Ficamos reféns do medo e da agressividade, reações básicas do mecanismo de sobrevivência associadas ao cérebro reptílico, e das emoções negativas geradas no límbico, como inveja, medo, competição.” Ora, são essas as emoções que nos colocam a serviço de modelos impostos pela sociedade. É por competitividade que lutamos por um suposto território, é por inveja que consumimos. E somente a consciência, formada no neocórtex cerebral, pode nos livrar disso. “Não temos ideia de como a simples respiração pode nos ajudar a nos libertarmos dessas emoções e do domínio que elas nos impõem”, diz limpidamente o pesquisador.

Juro que nunca tinha pensado nisso. Respirar melhor traz mais clareza de raciocínio: podemos ver mais nitidamente onde estamos amarrando nosso burro. E, com isso, talvez possamos enxergar melhor os esquemas furadíssimos em que às vezes nos metemos. Só por essa descoberta, o doutor Gaiarsa já merecia um beijo.

Diagnósticos por cores

Outras áreas da medicina também estão procurando sair do mundo dos conceitos e dos modelos rígidos preestabelecidos. Na Unifesp, em São Paulo, mais precisamente no Centro de Estudos do Envelhecimento, os diagnósticos, realizados por uma equipe transdisciplinar que inclui várias especialidades, são feitos por cores. Cada profissional faz sua avaliação, de acordo com sua especialidade, e a expressa usando giz de cera colorido. Depois, os participantes trocam entre si os papéis onde usaram os tons coloridos para tentar chegar a um padrão de avaliação e a um diagnóstico comum. Os significados atribuídos às cores seguem os padrões elaborados pelo escritor alemão Goethe, no século 19, e que ainda hoje são utilizados pela medicina antroposófica, por exemplo. A ideia tanto serve para ultrapassar as discussões intermináveis, onde cada um usava a linguagem específica da sua área e que não era comum a todos, como emprega um outro hemifério cerebral, o direito, para elaborar um diagnóstico.

Isso não quer dizer que o hemisfério cerebral esquerdo, responsável por lógica, comparação e raciocínio, não seja importante e não vá ser usado em etapas posteriores. É que simplesmente não está com essa bola toda que atribuímos a ele. “É uma avaliação mais completa”, afirma o médico homeopata Fernando Bignardi, responsável por esse centro de estudos e pesquisas da Unifesp.

As avaliações do paciente também incorporam o modelo quântico trazido pelo físico indiano Amit Goswami: o protocolo terapêutico vai levar em conta o homem em sua dimensão física, metabólica, vital, mental (incluindo a parte emocional e psicológica) e supramental (espiritual). Nada de modelos unidimensionais e unirreferenciais. A meditação é fortemente incentivada entre os pacientes, justamente para que possa ser facilitada a liberação de padrões rígidos de pensamento e, com isso, de comportamento. Inclusive vários estudos foram realizados sobre esses efeitos na população mais idosa. A perfeição não é mais a única meta, mas o equilíbrio, a harmonia e o bem-estar.

Sinal de que o mundo está mudando mesmo. Até em áreas anteriormente tão resistentes a outros saberes quanto a medicina.

Quando vale a pena

Depois que limpamos bem esse terreno, já é possível ver que geralmente usamos o desejo de perfeição da forma errada, por motivos fúteis, e para atender necessidades estimuladas por uma estrutura mercadológica de consumo. Mas depois de ver tudo isso, agora sim, podemos dizer que esse desejo também tem a sua utilidade. Os grandes gênios da humanidade se alimentaram dele: Michelangelo, Da Vinci, Einstein. Mas essa dedicação completa à perfeição estava a serviço da arte, da ciência e, para resumir a história, da humanidade. Eles podem ter estropiado sua vida pessoal por isso, inclusive. Também nada garante que fossem mais felizes ou realizados atendendo a esse chamado. Mas a verdade é que, em vez de procurarem unicamente sua felicidade individual, colocaram suas aptidões e talentos a serviço de algo maior, às vezes em detrimento de sua saúde, sanidade ou realização afetiva. Almejar a perfeição, portanto, pode nos levar a grandes realizações e feitos, a um aperfeiçoamento constante, até a obtenção de uma qualidade exemplar. Mas por vezes o preço é alto.

“Sede perfeitos, como o vosso Pai do céu é perfeito”, nos diz o evangelho. E onde o Criador seria perfeito? “Na generosidade”, continua o evangelista Mateus. Para mim é uma grande supresa essa segunda colocação: quase nunca ninguém lembra que tipo de perfeição nos é pedida. É um simpático motorista de táxi que me faz recordar isso quando digo a ele que estou escrevendo uma matéria sobre o tema.

Em vez de apresentar um modelo rígido e acabado de perfeição, sucesso e beleza, as palavras de Cristo propõem, ao contrário, um exercício de humanidade, naquilo que o ser humano tem de melhor: sua capacidade de amar, perdoar, ter compaixão e praticar a generosidade – inclusive consigo mesmo, no caso de erro e falta. Por isso, o desejo de perfeição não é, por si só, ruim. Não se encarado dessa maneira generosa. Nossa grande questão é, e sempre vai ser, onde vamos colocar esse desejo.

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Por que somos seres tão insatisfeitos, ou por que nunca sabemos o que nos basta realmente?

É o casamento, a liberdade, a casa, o emprego, o diploma, o pós doc, a viagem, o carro, o perfume, o homem, a deusa, a aventura, o restaurante, a grife, a bolsa, a plástica, a separação, a festa, a ousadia, o que mais precisamos para dizer basta!? Tá bom assim! Então ai sim, vamos ser seres mais de ser, do que seres de ter. Gostaria de ser, simplesmente um ser. Sem ficar preocupada com o ter, com tantos  entornos e adornos... Quem dera que os barulhos do consumos e do ter, passassem longe de minha porta e somente entrassem os ser, porque ao longo dos anos, vamos caminhando e tendo e somente tendo e nada tendo e sendo a oferecer, porque os paupáveis são na verdade plásticos e inertes e o abstrato ainda que não visto, ou tocado é sentido. E eu sinto muita  falta dos abstratos pelas ruas, no olhar das pessoas, nos laços e nos toques...Ah sim, os toques... Temos muitos toques hoje em dia, toques das ladys e das não ladys, mas o que eles tocam afinal? Os toques não tocam nada! Porque tá tudo muito oco, tá tão vazio que além da sonorização artificial, ouvimos ecos, ecos e ecos.... (também ecos da ecologia que fica somente na logia) Ecos dos vazios dos transeuntes de gravata e tambm os sem camisa... Muitos ecos... Precisamos pendurar mesmo muito barulhos... Porque o monte de barulhos preenchem todo esse marasmo de gente, que não sabe produzir som de nada que é humano e do seu ser. Porque quando alguem emite um pequeno ruido, um som, uma pequena particula de algo que esta sentindo é porque não está bem e precisa de ajuda, precisa ficar feliz e feliz e feliz, dim, plac, bum, oioio, muitos sons para sorrir e ficar assim embriagado com essas cores e sons artificiais... Eles piscam no pulso, no pescoço, na cabeça, nos pés, nas unhas, muitas cores, muito brilho, muito perfume, muito som, glaumour, poder, sofisticação e out, vc está arrasando! E assim caminhos no ter e no ter... Ah humanidade... Seres robotizados, elitizados e perfeitos com toda esta purpurina!

Joga mais brilho, porque o brilho esconde o oco, o vazio, joga o perfume que tira o cheiro, joga a marca, não precisamos ver o conteúdo, joga o liso, porque o crespo não interessa, joga cor, porque quem gosta de cinza é gente deprimida, joga confete na bunda da passista, joga a porpurina na cara do palhaço, joga porque tá tudo vazio...Precisamos encher, esse monte de linguiças! (Andrea Pagano)

27 comentários:

  1. A busca pela perfeição imposta pela sociedade nos torna escravos. Claro! Afinal... nunca acaba. Mesmo quando vamos até o fundo do poço para conseguirmos nos encaixair no modelo estabelecido... ainda assim vai faltar alguma coisa.

    O livro bíblico de Jó conta que ele (Jó) havia estabelecido um pacto com seus olhos... no caso de Jó ele estava se referindo a ser fiel a sua esposa, por meio desse pacto com os seus olhos ele se refrearia de olhar para uma virgem.
    Mas podemos estabelecer um pacto com nossos olhos para o que queizermos... inclusive para não desejarmos além daquilo que podemos ter.

    A bíblia também fala que se nosso olho for singelo... todo nosso corpo também será.

    Então... eu acho que tudo está relacionado ao fato de monitorarmos o nosso olho. O que eu não vejo eu não desejo. Obviamente não falo de viver isolado do mundo com uma venda nos olhos... me refiro ao olho figurativo... aos desejos oriundos do coração.

    Trabalhar o nosso olhos é muito difícil...a propaganda está aí... aonde quer que a gente vá...nos consumindo, nos rodeando... mas eu acho que é possível.

    É possível sermos mais conteúdo e menos linguiça. E estar feliz consigo mesmo.

    BeijoZzz minha linda.

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  2. Não busco mais a perfeição como buscava antes, mais ainda fraquejo diante do apelo pelo possuir... Principalmente na esfera da vaidade, da beleza física... Queria ser um pouco mais desencanada com isso, batalho, mas ainda não cheguei no ponto que quero...

    Tenho medo de envelhecer também pelo aspecto físico, medo de engordar e é algo meio doentio, não é fácil se desvencilhar disso usando o raciocínio lógico, porque se fosse, certamente eu já teria conseguido.. rs

    Beijocas

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  3. Que reportagem interessante!
    Acredito que todos ao lerem vão sentiur algo mudado no coração.
    Concordo em tudo com o Gaiarsa, realmente a grande revolução começa ao sentirmos mais o corpo, ao termos um contato mais profundo e próximo com ele.
    ADOREI!
    Um beijo muito carinhoso para você!

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  4. Oi Andrea, bela reflexão!

    Acredito que perfeccionismo não é muito meu forte, mas, acredito que devemos nos dedicar a perfeição que prá nós é necessária, não o que o meio, o outro, a sociedade impõe... Acredito que devemos procurar a perfeição do que acreditamos em nós. Bem, é isso que tento comigo.

    Parabéns pelo texto. bjs

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  5. Querida Andrea,

    Mas uma vez adorei!

    Acho que essa compra frenética está a cada vez mais tentando alimentar o oco de nós mesmos... O vazio que temos, resultado da busca incessante por algo inatingivel...
    Quando falta alguma coisa, deveríamos buscar dentro de nós...um sentido...um amor... um Deus...


    bjo bjo

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  6. O Andrea!
    Que post longo! Ainda bem que tenho paciência... e ainda bem mesmo, pois adorei ler tudo o que vc escreveu, aprendi, absorvi e concordo com muita coisa...
    E percebi, que o assunto do meu último post, sobre os Budas e o caminho do meio, que é o que tento sempre por em prática, nem sempre consigo, mas continuo tentando, ajuda muito a me proteger de muita coisa...
    Estamos nos perdendo mesmo!
    Beijo!

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  7. Oi Dea! Vim ler duas vezes. Porque uma apenas não foi suficiente para absorver tantos ângulos. São pontudos? Acho que não. Arrisco até dizer que são generosos, rotundos, sabe? Generosidade... palavra bonita, rola gostoso na língua, mas quantas vezes somos perfeccionistas nesse assunto? Acredito em metas pessoais, sim, mas, ênfase em pessoais. Minhas, as suas. Complementares, não rolo compressor.
    Não dá para continuar falando, amiga. É preciso processar, porque foi muitacoisaboaaomesmotempo... Beijos da amiga, Deia.

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  8. Oiê,

    A técnica de aprender a respirar corretamente é válida (trabalho com ela) e funciona mesmo, pode confiar!
    O vazio (buraco) que você falou é que leva muita gente para as drogas (íncluindo o álcool). O "barato" produzido pelas drogas acaba dando a falsa impressão de preenchimento deste "buraco", no entanto, ao passar o efeito o "buraco" vai ficando cada vez maior.
    A presença constante de Deus no "coração" é que irá restaurar! Então, este vazio será preenchido com alegrias, saúde, trabalho, lazer, estudos e, sobretudo com a VIDA!
    (MUITO ÚTIL SEU POST!)
    Beijos :)

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  9. Concluindo: até a nossa tristeza dá dinheiro. Sim, pois para nos vender felicidade, eles precisam que estejamos...? TRISTES.

    Andrea, que post do cacete!
    Uma baita reflexão. Adorei a parte na qual um dos entendidos do assunto diz que devemos sentir o nosso corpo, sentir como é estar dentro dele, sem que o exterior nos invada.

    Valeu muito a pena vir aqui hoje.
    Sempre aprendendo com vc...

    Beijinhos,

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  10. Oi Deia! Eu também já tinha lido esta matéria..não me lembro bem se foi na Vida Simples mesmo ou na internet.. vi mas não absorvi o suficiente pois ainda sou perfeccionista..o que me mata é que sou com coisas banais e as vezes com o que deveria ser, não sou..cago.
    Tipo: não consigo sair de casa e deixar a cozinha bagunçada..até consigo..mas me dói..em contrapartida não cuido bem das plantas e largo minhas bijus e piranhas de cabelo espalhadas. Sou descuidada com minhas roupas, perco e nem sinto falta...como se aquilo não tivesse valor. E tem. Outro dia quebrei um óculos caro que deixei jogado. Bem feito pra mim, pra deixar de ser babaca. E chego atrasada por passar o paninho na pia todo dia de manhã antes de sair. bem feito pra mim, pra deixar de ser babaca.

    Enfim...cobranças, cobranças..tudo de mim para mim.
    Tenho tentado melhorar, mas confesso que o trabalho é árduo.
    Beijos linda!

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  11. A perfeição, vista como um meio de melhorar sempre, de ser mais feliz com o que se deseja, se espera, é boa, é saudável. Aliás, só é saudável se o que desejamos for saudável e realmente útil a nós.
    Acho que devemos viver de modo fiel, fiel aos nossos ideais, aos nossos sonhos e pensamentos. Viver de modo puro, alegre e intenso. Aproveitando o que de melhor a vida tem a oferecer, aproveitando a vida até a última gota.
    Ah! Adorei MESMO essa postagem, muito educativa e interessante.

    Um abraço, Andrea!
    Obrigada pelas visitas ao Sacudindo Palavras e ao Pensamentos Devaneantes.

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  12. Amiiiiga! Como eu gostaria de ser mais light! Mas como é difícil!
    Beijinhos com carinho, amada!

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  13. Andréa, essa busca contante pela perfeição é cruel, mas o que mais me toca, não é a busca pelo ter (claro que quero ter, também - rs), mas a busca pelo ser e aqui não me refiro a vaidade, mas o ser boa o suficente para nós mesmos dentro de tudo o que nos propomos a fazer e dar conta de tudo isso causa um impacto enorme e desencadeia as síndromes. Quando aprendemosou apenas entedemos que não conseguimos abraçar o mundo com as mãos e que em alguns momentos falharemos, viveremos um pouquinho melhor.
    Um beijo

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  14. Oi amiga linda,

    Esse assunto é mesmo complexo.
    O perfeccionismo é triste. Acredito q seja mesmo um dos males do século.
    Sim, um mal que está aí, pra todos verem e sentirem consciente ou inconscientemente.
    Os publicitários, qdo usam esse tipo de apelo, o fazem sabendo q podem nos pegar a todos por essa perna, o consumidor ou o decisor de compra o faz de forma mais ou menos consciente.
    É o que nos difere. Estarmos mais ou menos consciente de nossos atos, pensamentos e crenças.
    HJ nao sei onde estou exatamente, só sei q falta muito pra andar, até ser melhor (jamais perfeita como Ele), espiritualmente.
    E qto aos males q caminham por aí, cabe a nós fazer o que vc está fazendo: olhar, reconhecer e tentar lutar contra. Racionalizar em cima daquilo, este pra mim é o grande fio da meada pra progredirmos. Pq os vicios estão por aí? E tantas outras coisas ruins?
    Eles estão pra q os enxerguemos e entendamos q podemos viver sem eles e muuuuuito bem, mas devemos fazer sozinhos. Muitas vezes vamos nos perder no perfeccionismo, no vicio e em outras seduções, mas somen te assim qdo aprendermos, teremos passado de verdade e estaremos tb de verdade imunes, conscietnes e vacinados!

    Amiga um mega beijo!
    Amei o post!
    Espero ter podido contribuir um tiquiiiinho com minha visão desse assunto.
    Afe, e falei demais, né?

    Adoro vc
    Bj

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  15. Meu perfeccionista me atrapalha tanto... é uma caso a se pensar... vou tentar escrever sobre...

    querida, ando meio ausente... to tentando arrumar a bagunça da minha vida...


    bjos querida

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  16. Olá Andrea! muito interessante o post. Sempre fui perfeccionista...mas sei também que isso as vezes pode atrapalhar. Ser cobrada por si mesma é um negócio complicado. Tenho tentado relaxar mais nesse aspecto, mas confesso que é complicado. Mas focar o "perfeccionismo" de uma maneira saudável é um exercício constante que podemos fazer ;)

    um grande beijo e bom final de semana!
    p.s. ah, que pena que você não gostou do filme =/ espero que eu não tenha caído em descrédito com você em relação às minhas dicas de filmes rs**

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  17. Que matéria interessante Andrea!!!
    A perfeiçao realmente é muito abstrata né? eu mesma já desisiti de encontrá-la.. acho melhor e mais feliz, olhar para as coisas agradecendo não por serem perfeitas e sim por serem melhores do que eu esperava...
    Beijinhooo
    www.sermulhereomaximo.com.br

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  18. O seu post merece ser relido outras vezes, tamanha quantidade de informações e compreensões possíveis. Um vasto campo de discussões e reflexões tão exigidas hoje, nesse conturbado mundo onde nos metemos.
    Perfeccionismo passa a ser a grande desculpa, aliás uma esfarrapada desculpa para os desacertos do "ser". E praticar a generosidade, a solidariedade, o respeito ao outro e um pouquinho de amor, já se torna luta inglória, missão quase impossível de se coletivizar.
    Então, minha opção é de permanecer na contramão. Ainda creio na humildade, como condição humanizadora; ainda creio na generosidade, enquanto postura de vida; ainda creio no respeito e no amor, mutuamente ofertados, enquanto condição de estar no mundo; ainda creio no risco, na dúvida, na hipótese, na incerteza, enquanto possibilidades a serem desvendadas, sem delas desistir. Ainda preciso crer no ser humano. Não posso abdicar dessa crença. Se assim o fizer, minhas utopias de vida se esfacelarão e me perderei de mim mesmo. E esse é um caminho sem volta!

    Então, ainda que faça doer, os passos continuarão a sofrer com os calos nos pés descalços...

    Voltarei depois, para reler, uma vez mais. Meu carinho a você, Andrea.

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  19. Querida Andrea que post SENSACIONAL, devorei cada palavrinha, mas agora o dever grita o meu nome e parei no "diagnóstico das cores", certamente voltarei para concluir essa delícia de matéria, post e leitura, parabéns pela ideia do post e obrigada por dividir com a gente... beijo, beijo! ;)
    She

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  20. Olá querida amiga Andreia, concordo perfeitamente com toda a esplanação do texto, sobre a nossa predisposição na busca da perfeição. Somos moldados segundo a parametrização da sociedade contemporânea e assumimos uma cultura consumista! Somos portanto escravos da moda, e de toda uma cultura supérfula e como "tudo o que é demais é erro", estamos nos transformando em seres descaracterizados e amorfos no sentir e no viver e em resultado, padecemos com isso, sndo vítimas das doenças modernas.

    Tem uma boa noite minha amiga.

    PS: Amiga tenho andado umpouco desaparecida sim, meu filhote tem andado a fazer uns exames médicos, pois estava com anemia, está a fazer um tratamento e agora irá repetir todos os exames para ver se já passou... esperemos que sim! E contigo amiga, está tudo bem, faço votos que sim.

    Beijinhos

    Sãozita

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  21. Você sempre com contribuições maravilhosas aqui e no blog! Viemos elogiar seu comentário sobre o Caio F. Foi bastante rico para quem não o conhece!

    Beijos

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  22. Perfeccionismo é uma armadilha que nos impomos, gera um círculo vicioso, pois ninguém nunca foi e nem será perfeito, alimenta um sentimento de inadequação em si e ao seu redor,

    Esse texto é bastante pertinente e profundo, exige uma imersão maior da parte de quem lê,
    oportuno do ponte de vista atual,

    Obrigada pela partilha! Abraços.

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  23. com o tempo vamos vendo que a perfeição não existe, a cada etapa da vida valorizamos coisas diferentes..
    beijo!

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  24. Vim apreciar o seu blog...aproveitei para reler a postagem!
    Um beijo carinhoso para você!

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  25. Toc-toc! Tem brigadeiro de panela pra gente comer de colher enquanto bate papo no sofá?

    Tem?!

    Oba!

    Rs

    Gatona, voltei! Saudades de ti!

    Esse texto é uma bofetada na cara!

    Essa semana passei por uma situação onde vi o tamanho exato da idiotice de alguns dos meus atos bem recentes...troquei o choro inicial pelo riso descontrolado, exorcisei os fantasmas desse jeito.

    Beijo graaaaande, cheio de carinho.

    ℓυηα

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  26. Oii, tô passando só para te deixar um beijinho!!
    beijuuu
    www.sermulhereomaximo.com.br

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  27. É... perfeccionismo já foi meu pecado. Não é mais. Não esse perfeccionismo da forma. Posso dizer que mudei o ângulo de visão. O perfeccionismo que busco agora, é o do "ser". Possuir sim, mas só o necessário.
    Uma ótima reportagem, Andréa, um excelente post.
    Beijokas.

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