sexta-feira

Formigas, Peidos, Cigarros e Porcos!

Faz dois dias que estou hibernada nos últimos acontecimentos. Lamentavelmente são ainda relacionados onde moramos...

Sabe, fiquei pensando em uma maneira de descrever os absurdos, sem o sentimentalismo, sem a raiva, sem esses pensamentos expandidos... Tentando me concentrar nos mundinhos pequenininhos, das formiguinhas que andam em fileirinhas, sem sair do caminho, da linha, da estética do conveniente sociavelmente falando! Ahhhh, que difícil, não que eu me ache uma formiga melhor, mesmo porque já tive meus dias de formiga e hoje posso dizer que estou experimentando novas folhagens... To saindo um pouco da fila... Mas dá trabalho quando tem que entrar de novo... Experimenta dar uns roles por ai e voltar para fila... Difícil... Perde totalmente os procedimentos muito e exaustivamente treinados (não tomei droga não, só se um litro de café vira droga! - To lúcida o suficiente para falar assim... Quase sussurrando...).



Ai fiquei assim, dentro das minhas caixas, caixa de dentro e de fora, porque hoje não fui para fora de casa nem para levar o lixo (mas ficou fechadinho no canto da área), cancelei o gineco, a Pietra não fez esporte no SESC, limpei a casa, cuidei das minhas filhas, tomei litros de café e no final da tarde fiz uns fuxicos para enfeitar o vestido caipira da Pietra, que vai dançar quadrilha amanhã na escola...

A única explicação para não falar de certo, errado, respeito e não respeito, entendi finalmente que sempre o que prevalece são as conveniências. Não posso e não disse que estamos corretos, por algumas vezes, ao falarmos alto e ao discutirmos, soltar nossos bichos em formas de palavrão, ou como disseram "palavras de baixo calão" e infelizmente as pessoas ouvirem, não esta certo, também é falta de respeito, mas sinceramente às vezes é quase que inevitável, é como um arroto, um pum, que sai na hora errada e no lugar errado, que na maioria das vezes, nos controlamos, seguramos, mas sai... Às vezes não fede (que alívio) e às vezes fede muito, infelizmente!

Também, preciso citar que o barulho gerado por gargalhadas de madrugada, furadeiras, marretas e martelos fora e dentro do horário, dia útil ou inútil é também falta de respeito, também é barulho, também é chato, também incomoda, principalmente com uma recém nascida e antes eu, uma recém operada  (A Dama agora tá concordando comigo em numero, genero e grau), sim não sei vocês mulheres, mas minhas cesáreas doem tanto, tanto... Que fico um dia a mais internada, uma semana apática e demorei cinco anos para pensar em ter outro filho! Mas é o barulho lícito! Como um cigarro: Fede, a maioria não gosta, não pega bem... Mas a gente tolera... Engole, porque afinal de contas peidar fedido é pior do que fumar um belo cigarro... Longo, demorado... Dá até para fazer bolinhas... Tomar um café junto, fazer charme... No máximo que vamos ter algumas faces de reprovação, uns chegam até coçar o nariz... Mas na boa, relaxa! O peido fedido é diferente, é crime! É horrível! Quem peida fedido, tem que ser massacrado, crucificado e expulso deste Éden verde e amarelo, cívico, honrado!


Gente eu estou podre por dentro... Meus peidos estão contidos tão fortemente, que estou planejando uma forma lícita, jurídica e "fodidica" de fazer o que os fumantes de cigarros de cravos, cigarros importados e looooongooooos, fumem todas as toxinas ali deixadas ao vento... Á todos a quem fomos expostos, sim fomos chamados de PORCOS, não no sentido figurado não, com a vogal O e as consoantes P,C, R,S,... Não porque soltamos nossos peidos fedidos de vez em quando e alguém ou alguns interessados em sentir o cheiro mais perto (tem gente pra tudo nessa vida, até que gosta de sexo com merda), mas sim porque meu carro, meu não, um amigão (irmão) nos emprestou um carro porque estávamos sem, velhinho sim, mas tá quebrando um galho... Está pingando óleo ali na minha vaga de garagem, aquela no qual eu também comprei, aquela na qual eu pago meus impostos, naquela que o carro fica assim cercadinho de faixas amarelinhas e delimitadinhas, mas tudo bem SOMOS PORCOS pelo carro, pelos peidos e pelos arrotos nos jantares elegantes!

Mas isso, mesmo que assim pensado, era para ter ficado só nos pensamentos... Ou entre quadro paredes, nas minhas faixas amarelas... Na minha caixa, no meu papel, só na tela... Mas NÃO os fumantes escreveram para todo mundo saber!

Claro que ninguém gosta de ser chamada de PORCO, porque nunca ofendemos niguem... Peidar em casa é ofensa?


E é óbvio que é conveniente o barulho das reformas no meu ouvido dia e noite, porque o prédio é novo, gente ainda recebendo o sonho da casa própria... Devemos ser TOLERÁVEIS (com os sonhos também), que a meu ver traduz: Toleráveis= convenientes, porque cheiro por cheiro, peido fede mais ou menos que o cigarro? Depende do peido e depende do cigarro, do ponto de vista e da CONVENIÊNCIA... Se for alguém ilustre, bem relacionado, tem grana... Que fume a vontade! Se quiser pode até peidar... Estando no topo da cadeia alimentar, que mal tem? A Dercy Gonçalves falava gritando o que lhe vinha em mente, para quem fosse, palavrões em rede nacional e riam, achavam engraçadíssimo, aplaudida, consagrada, as pessoas pagavam para ver e foi enterrada com toda pompa e mérito!

Há também os que fumam os Derby, que também ninguém tolera, porque é forte demais, fede... Mas, não é cigarro? Não estou entendendo esse lance de peidos e cigarros!!!

Gente... Demorei dois dias para engolir a CONVENIENCIA - Vantajoso, Que convém, Útil, Preciso (retirado da net - estou sem o Aurélio) porque não somos vantajosos, não convenhamos, não somos úteis e nem precisos a ninguém... Somos só PEIDOS...

Exemplo de Conveniências:

Pendurar tapete na sacada - Não Pode!
Pendurar a bandeira do Brasil na copa - Pode!

Gritar é gooooooolllll e estourar rojões - Pode!
Estourar com o marido - Não pode!

Gargalhar alto -Pode!
Reclamar alto - Não pode!

Rico fumando - Pode!
Pobre fumando - Não pode!

Peidar em silêncio - Pode!
Peidar alto - Não pode!

Bom final de semana à todas as formigas, aos peidos (fedidos ou não), aos cigarros (todos) e principalmente aos PORCOS!
(Ah, além do e-mail para os 26 apartamentos se referindo a nós como PORCOS, também tivemos que ouvir que seremos analisados de nossa conduta pelo conselho e o PORCÃO aqui da família teve que se retratar publicamente, sob pena de acusação de injuria, calunia e difamação, porque escreveu o e-mail abaixo, para quem quiser se interrar mais do assunto: 
Boa noite a todos,
Gostaria de expressar aqui, um pouco da minha revolta, se assim posso dizer.
Não sei quanto a vocês, mas eu não estou tendo mais condições de arcar com o valor do condomínio da forma como esta, sem ver nenhum retorno, tá parecendo aluguel (inclusive os atrasados estão aumentando...)!
Gastamos mensalmente R$ 7 550,00 na portaria, R$ 507,07 de Administradora e mais uma cota condominial (R$329,00), (+/- R$ 8.300 ou se preferirem R$ 100 mil/ano) somente para supostamente "CUIDAR" de 26 apartamentos, realmente acho isso um absurdo, sendo que, se este valor fosse investido em MELHORIAS, iria valorizar o NOSSO imóvel.
Não há uma prestação de contas aos moradores, digo, o quadro todo mês vazio... E o boleto não esclarece os gastos...
Manutenção diversas ? (até quando ?) é fundo de reserva ?, Então não é manutenção.
A falta de um zelador é visível, ao menos para minha pessoa, pois, o prédio parece estar abandonado, mesmo gastando R$ 100 mil/ano:
- Halls e as escadas sujas;
- Grama e jardim... Sem comentários;
- Play Ground.... ????
- Lixo na frente ao prédio jogado de qualquer forma na lixeira;
- "LUZ de EMERGÊNCIA.... esta funcionando ?????" até onde eu sei, não...!
- Sinalização (descolando);....
- Funcionários da MRV circulam livremente e entram sem informar de sua presença aos moradores (cadê a circular !);
Desculpem-me, mas este prédio não oferece nada em termos de estrutura (lazer, segurança, Etc..), para pagarmos R$470 / R$ 329, mas com este aporte mensal, já deveríamos ter uma estrutura melhor, ou em vias de... Porque a meu ver, este prédio não está sendo cuidado, mesmo gastando este valor.
Precisamos é de um zelador, funcionário terceiro ou não, que cuide do prédio e não de uma portaria 24 horas (que custa +/- 80% do condomínio) e não pensem que vai inibir algum tipo de assalto (só na frente do prédio já tivemos três ou quatro veículos furtados), pois, aqui é rota de fuga (Anhanguera - Hortolândia, Sumaré, Monte mor, Bandeirantes, etc.) e vai continuar...
Para fazer a segurança do prédio, com o valor que estamos gastando, deveríamos investir em estrutura e somente depois, sim e talvez, verificar necessidade de uma portaria 24 horas (basta ver outros prédios pequenos na rua ou até mesmo no bairro)
Também, o rateio da taxa condominial, deve ser revisto (convenção), pois, não creio que haja necessidade de remuneração, uma vez que o trabalho não é dedicado e já temos a admistradora.
Tá difícil, aceitar 13,84% de reajuste, pois, nem metalúrgica vai dar isto no dissídio, no maximo 1% acima da inflação !
Att,)



terça-feira

Enquanto isso...

Enquanto o jogo não vem e nem a postagem..

(Acho que é uma boa idéia para fazer durante o jogo, blogarrr... Eiii, mestra do Atitude:substantivo feminino, coloca este tópico no seu curso para mulheres tapáticas, como sugestão: blogue durante o jogo)

Coloco este video que recebi ontem pelo e-mail, se não o povo vai achar que eu estou ainda no polêmico Day Valentines...(Não estamos com este fôlego todo não!!!)

Adoro os cachorros!

sábado

Meu jeito de dizer que te amo...

 Para você, meu amor:
  
Para a nossa família:
 

quinta-feira

Um coração para ser salvo...



Aproveitando o "post" que o Rafael, do Baú do Jamal publicou: As Tecnologias do Amor e a visita de uma amiga aqui em casa ontem, resolvi escrever sobre este tema...

Por que sofremos tanto com o amor?

Lembro-me quando morava em São Paulo, sozinha em meu AP, parecia que tinha o mundo aos meus pés, ganhava relativamente bem, freqüentava as baladas do Itaim, Vila Madalena e até mesmo a região da Paulista, com amigos heteros, homos, enfim entrava, em várias tribos, partia sempre em busca de emoções, felicidades fast-food, em busca de preencher aquele vazio, aquele eco gritando dentro de mim e nós bem sabemos o que isso, tentamos com esses lugares meio que abafar aquela voz da solidão...

Não adianta!

Eu sempre dancei muito, aliás, nunca fui de "caçar" homem em danceterias, porque sempre achei que rolar algo ali só ia me atrapalhar no meu desempenho em "It's raining men" ou nas musicas do New Order, Depeche Mode, Pet Shop Boys... Encontros amorosos? Só para o final, como uma cereja... Rsrsr, mas como o final só tem sobras, acabava sempre voltando só...

Uma vez achei que havia encontrado o amor da minha vida... Sai do trabalho, peguei o ônibus para ir dar aulas de matemática em uma escola do estado, ali na Vila Pompéia e do meu lado um cara visivelmente mais velho, 10 anos mais velho que eu... Simpático, carioca (notei pelos ssss) dizia ser engenheiro de ar condicionado (nunca tinha ouvido falar que tinha engenheiro específico para isso), mas ele ali no ônibus, querendo vender seu peixe, não só disse que era engenheiro, mas que morava em AP próprio em uma travessa da Paulista, que tinha um carro e uma moto e que era divorciado! Currículo completo em minutos pensou: Outro desesperado por amor como eu! Tava quase descendo do ônibus e ele me pediu o telefone... Eu dei, ele me ligou... Achei-o um velho chato! Cheio de manias, vegetariano, não fumante (na época eu comia cigarro- hoje never) filha aborrecente... Ah um pacote pesado demais para a gostosona aqui!

Mas, como o amor é a convivência e vai brotando assim, não se preocupando com os defeitos, as manias, os credos, fui gostando daquele SER, ao ponto de esquecer de que eu existia! Já sentiu isso? Amar alguém ao ponto de você sumir dentro de você? É verdade! Isso existe! Pode classificar de neurose, paixão, doença, sei lá... Eu achava que era amor! Ele me ensinou tantas coisas, fui em tantos lugares que jamais achei que existia, fez me abrir os olhos para tantas conceitos... Que eu me esqueci de quem eu era!

Bem, o fato é que após um ano ele terminou comigo (motivos que não vem ao caso) e para quem nunca sentiu essa dor é muito ruim,dói, dói o corpo a alma, o coração, dói os olhos de tanto chorar, dói quando amanhece, quando dorme, quando sai, quando fica... Dóoooooooooiiiiiiiiiiiiiiii!



Pedi alguns dias na empresa, fazia mais de cinco anos sem férias e me isolei em meu mundo.

Em pedaços, me arrastava para qualquer beco, qualquer canto, qualquer qual quer, alugava dezenas de filmes, cigarros, bebidas, cannabis, Chine in Box, filmes e internet... Retalhando-me mais e mais... Sentindo dó deu mesma... Preciso conhecer alguém urgentemente!!!

Ficava na sala do bate papo da UOL... Sarcástica, porque depois da tempestade, você fica má, muito má, principalmente com os homens, começa a tratá-los como objetos, porque afinal de contas você esta com tanta dor que quer causar dor seja a quem for. Pode ser um estranho mesmo... Não importa!

Nas noites, quando tudo silenciava, tudo cansava, no intervalo, na lucidez... Pedia a Deus que olhasse para mim... Resgatasse-me, se possível assim com suas mãos e fechando-as para que eu pudesse ficar ali, sem ouvir os berros dentro de mim, gritos de dor!



Numa dessas salas de bate-papo, conheci o Carlos, ainda fechada, amargurada, não lhe dei a atenção devida, principalmente porque ele não tinha carro, estava no primeiro ano de faculdade e trabalhava em chão e fábrica, que idiotice a minha, às vezes perdemos a oportunidade de conhecer o homem de nossa vida, porque seguimos esse protocolo! Mas ele era o cara, e eu não sabia! Na minha solidão e dor ele me ouviu durante dois meses assim, pelo telefone e pela janelinha do MSN, como um psicanalista, disposto, amigo, querido, tinha o pseudônimo de "Eros" e sinceramente nunca trocamos fotos, eu porque não me interessava mesmo, porque não via a possibilidade de te-lo como nada além de amigo, e ele, também recém saído e um fim de noivado, estava em off, e foi assim, se tornando aquele confidente, aquele amigo que a gente liga chorando as duas da madrugada e ele te faz sorrir... Foi maravilhoso...

Após mais de dois meses, nos conhecemos pessoalmente, tava um frio começo de agosto, bêbada liguei para ele, de madrugada e pedi que viesse me dar um abraço, porém ele se carro falou-me: Não posso... Não tenho carro... Você ai em Osasco e eu aqui em São Bernardo, tenho que esperar o dia amanhecer para eu pegar o ônibus das 5h...! Eu precisava tanto de um abraço do meu amigo!!!

Ele veio, sem saber se eu era loira, negra ou japonesa, magra, baixa, gorda, careca, nada!Ele só sabia que e precisava dele!! Chegou à porta do meu prédio por volta das nove e quanto tocou avisando que estava lá embaixo, não acreditei! Recém acordada, amarrei os cabelos, lavei o rosto, vesti uma blusa de lã e simplesmente abri a porta! Louca?Perigoso? Não sei! Não pensei nisso... Só abri. Ele veio todo arrumadinho, cheiroso com o sorriso nos lábios e o coração aberto, assim como seus braços... Ganhei meu abraço! Nunca mais fiquei só desde então! Isso já tem oito anos!

Por isso, sinceramente, como disse para minha amiga ontem, baladas, bebidas e solidão só nos fazem nos maltratar mais! São mais coisas para nos afundar... Rumo ao fim de um poço, mais escuro e mais fundo! Faça cursos, freqüente uma igreja, ocupe seu tempo com coisas boas, busque na internet sim, mas com critérios e essencialmente para qualquer opção, peça para que Deus te resgate, porque somente ele pode fazer coisas assim na nossa vida!

Pedi para que ela me enviasse um texto, do que ela tá sentindo agora, porque que neste momento, talvez não conseguisse expressar como é de fato esta dor, por que só quem esta sentindo é pode dizer, mas achei tão linda, tão emocionante, que com a autorização da mesma, coloco aqui para compartilhar com vocês o que é uma dor de amor...

Amiga, espero de coração que Deus te resgate assim como Ele fez comigo!



"É difícil descrever o sentimento que esta no meu coração, é uma mistura de insatisfação com frustração imensa, mas ao mesmo tempo é uma dor, causada pela incerteza, de não saber o acontecera amanha e quanto tempo durara esta fase de luto.

Sinto como se faltasse uma parte do meu coração, com o coração fazendo mil perguntas, questionando mil atitudes, questionando ate a razão do sentimento, isto se... Houver uma razão...

Não entendo ate que ponto um homem pode mentir para sua companheira, para a pessoa que estava ao seu lado, nos melhores e nos piores momentos, como pode um homem ser tão frio? Como pode a pessoa que diz que te ama, que recebe todo seu amor, ser na verdade um monstro?


Hoje na minha cabeça existe um monte de perguntas, sem respostas e, talvez souber as respostas não ira aliviar a dor que eu sinto... Qual seria a melhor maneira de aliviar esta dor? Seria sumir do mapa? Seria gritar, chorar, humilhar-se, correr atrás daquilo que se ama? Mas ate que ponto? Será que Deus, não sabe o que esta acontecendo comigo e qual seria o propósito disso tudo?

Vivo me questionando sobre o que será melhor: esquecer ou correr atrás, abraçar qualquer esperança? Mas será que a pessoa, ira levar em consideração tudo o que se passou durante esses anos de namoro? Será que vale a pena, amar incondicional, serão que vale a pena se dedicar as pessoas? Ate que ponto vale à pena gostar de alguém?


Mil perguntas passam na minha cabeça, mil sentimentos vêm ao meu coração: desespero, amor, saudade... A saudade aperta a cada momento, sabe aquela vontade louca de ver o rosto, de sentir o cheiro da pele... De ligar apenas para saber que tudo esta bem... Porque preocupar-se? Essa pessoa te traiu e você ainda preocupa-se?

Todos dizem que o tempo cura, mais quanto tempo? Para quem sofre o tempo é o pior fator... Queria saber o que fazer... Queria uma formula exata... Como sair dessa... E pensar que um dia eu tive nas mãos a possibilidade de escolher quem iria sofrer e, quando optei por não fazer ninguém sofrer, não sabia que isso viria ao meu encontro...

Todas as noites são um tormento, os sonhos vêm te mostrar o quanto você foi feliz... Deveria haver um jeito de desligar os sonhos... Deveria haver um botão de on/off para os sentimentos... Mas quando o sentimento é verdadeiro, como podemos desligá-los...


Na verdade sinto-me perdida, sei que há um sentimento entre a gente, sei que ele gosta de mim, mas existe um medo de não magoar outra vez, existe um n de problemas... Existem amigos que atrapalham, existem n coisas a ser feitas e N coisas a serem corrigidas...

E existe um coração para ser salvo..."

terça-feira

Fazendo uma construtora de idéias!

O bom de ter filhos é também à possibilidade do rever... Das coisas mais simples às mais complexas, rever objetos, emoções, gostos e sensações... Os prazeres que você vai esquecendo com a rotina e com a idade...


Você se vê novamente nas mesmas situações, porém redescobre o mundo através do olhar deles... É muito interessante isso!


(Eu e a Pietra)

Lembro-me a primeira vez que levei a Pietra na praia, acho que ela tinha quase dois anos, a euforia e o medo ao mesmo tempo... Ela corria, corria muito, enlouquecida com tanta areia, a liberdade de estar com os pés descalços, sem móveis, obstáculos... Correr livremente sem se preocupar com o cair... Ao se deparar com a onda, ela chorou, mas não saia dali, perplexa com aquela imensidão de água... Eu particularmente não gosto muito de praia, mas ao menos uma vez ao ano, tenho que levá-la, para que eu possa ve-la em estado de estase...


São tantos momentos... Que ficaria por horas escrevendo...



Mas o foco neste post é o aprendizado...


O fato de estar só e querer melhorar, vi que a única possibilidade para que eu pudesse ter uma casa, um lar, independente de casada ou solteira e mesmo não gostando, entendi por volta dos 17, 18 anos que realmente eu precisava estudar!

E falo isso sem a menor sombra de dúvida. Investir em estudos ainda é o melhor caminho. E não digo somente o estudo universitário, mas cursos técnicos ou de reciclagem, de línguas, qualquer investimento que uma pessoa faça para aprender, irá colher frutos, mesmo que seja com as amizades que fizer enquanto estiver estudando!

Então desde sempre, procurei investir na educação da Pietra, procurando boas escolas, lendo livros, escolhendo programas apropriados, vídeos, DVDs, levando-a em teatros, cinemas... Enfim tudo que pudesse fazer para que ela não só pudesse desenvolver o gosto pelo aprendizado técnico, mas desenvolver o relacionamento, criando oportunidades de conhecer pessoas, famílias com educação diferentes, tribos com suas vestimentas, hábitos diferentes, tudo que engloba hoje, nesse mundo de informações e possibilidades.



Tudo isso, por que eu não tive nada disso! E acredito que o desenvolvimento intelectual e a construção de idéias só se dá, se você possibilita experimentar e ver tudo o que puder!

Acredito que o fato de não ter ou não poder financeiramente falando, não justifica você deixar que seu filho não participe daquilo que tem hoje em conhecimento, cultura e relacionamentos... Tem muitas opções gratuitas, inserindo a criança a descobrir o mundo, sob diversos olhares!


Essa semana mesmo, uma feira de livros aqui em Campinas, apesar de não ter sido "a feira", no que se refere estrutura, etc., fomos durante três dias, revezando com o Carlos, os horários para que ela pudesse participar das oficinas, fuçar na maior quantidade de livros possíveis, conversar com outras crianças e escritores, assistir aos curtas de desenho e teatro, pular na cama elástica e comer muito algodão doce!


E tudo de graça!

Ano passado, abrimos mão da compra de um carro para que ela pudesse ficar integralmente em uma boa escola particular, não só estudando, mas praticando esporte, tendo lazer apropriado, trocando, se socializando. E não me arrependo por isso, pelo contrário, mesmo hoje, por eu não estar trabalhando, ela tendo que agora freqüentar uma escola pública, leva-a em bibliotecas, oficinas de aprendizado, em museus, lugares históricos, ela faz esporte e sempre estou integrando-a de diversas formas...

Isso tudo é aprendizado!



Mas é necessário acreditar, que é por esse caminho que devemos seguir...


Em março agora ela completou seis anos e está ávida por aprender a ler e escrever... Pergunta tudo, anda na ruas tentando decifrar as placas, os rótulos, tudo e toda a informação, mesmo que venha de um folder imobiliário, ela quer saber o que é ! Fico orgulhosa com seu interesse, sua curiosidade e percebo que por mais que jamais fui uma mãe interessada que ela aprendesse a ler e escrever rápido e sim sempre incentivei o relacionamento e a troca antes de tudo, vejo que o fato de ter deixado a preguiça de lado e a levado em todos esses lugares hoje começa a dar frutos...

Hoje além de sua ótima expressão oral, ela inventa livros,  faz muitas cartinhas, cartões, desenhos com histórias, declarações de amor...

São as idéias e palavras explodindo em seus pensamentos...

Sábado ela fez esse, porque além da livre expressão, incentivamos também a sinceridade, mesmo que ela doa a quem doer... Rsrsrs







sexta-feira

Meu dia de vaca!



Compreendi nesta última quarta-feira, como é que o gado se sente quando é vacinado!


Senti mesmo, que faço parte de uma grande boiada que precisou ser imunizada. Eu como mulher que sou, senti-me como a própria "vaca", o que é fazer parte deste rebanho.

Eu como uma "vaca" bem medrosa com agulhas, prorroguei ao máximo à ida ao cocho mais próximo, porque eu odeio que me furem... Pensei: Ultimo dia eu vou! Prorrogaram... Mais dias... Prorrogam mais alguns... Ah, agora eu vou ter que ir... Coragem! Não tem mais jeito!Tem um cocho aqui bem próximo de casa, grande, bastante espaço, vaqueiros e pastores prontos para colocar ordem.

Eu já sabia de outras campanhas, que naquele cocho, como em muitos espalhados por ai que esses vaqueiros e vaqueiras não gostam muito de aglomeração destes ruminantes, porque eles ficam realmente muito irritados com esta mistura de raça... Se não pode nem mudar a cor da grama, imagina misturar os animais! Novilhos com vacas, bois de corte com reprodutores, acho que ficam confusos e se estressam demais... Também, com a rotina tão assoberbada destes funcionários municipais, dá até para entender.

Além do mais eu odeio estes vírus sintéticos, mal explicados e testados, mas um vírus a mais um a menos no lombo... O que tem demais? Quase toda a boiada já foi... Tem que ir... E foi assim no cocho mais próximo:

Estava eu portando meu bezerro mais novo, no BB conforto "Bezerroto", entrei e vi muitas vacas e bois, todos com aqueles números pendurados na orelha, ai pensei: Bem, eu tenho que pegar o meu número. Me dirigi ao capataz e perguntei:

- Por favor, qual é a fila para a senha?
Ele me respondeu:
-Se for vacinar o bezerro é na outra porta...
Bem, eu paciente como uma boa vaca educada que sou, sim pensando, se fosse para vacinar o bezerro não estava no grupo da vacina H1N1 (tudo bem que tem muitas vacas e bois que não lêem nem se balançar a placa na frente... Mas eu costumo ler, sou uma vaca leitora e blogueira!) Enfim, respirei e continuei com minha educação:
- Não Sr, não é o bezerro... Sou eu que preciso me vacinar!
Ele tão educado respondeu:
- Então espera!
Ah... Deu-me meu número para pendurar na orelha, número 44.
Com um sinal, através das mãos, alguém fez a fila do gado seguir... Como gado não sabe falar, então as pessoas não tem por hábito falar, apenas sinalizam e pronto.
Parei na porta, numero na orelha, uma mulher com os braços cruzados, infeliz em seu dia fatídico de vacinar o rebanho... Fiquei pensando o que ela pensava... Pensava nas horas que o rebanho se recolhesse e ela finalmente pudesse ir para sua casa, só pode ser, porque sua cara era aterrorizante...

Perguntei bem baixinho (estava com medo, muito medo mesmo!)
- Posso entrar?
- Ela ainda na linguagem dos sinais... Convicta de que eu na condição de vaca, não merecia o som de sua voz... Fez um pequeno gesto com suas mãos... Espere... Pare! Não! Ah cada animal interpreta como quiser ou puder! Eu entendi que era não... Sei lá... Vai que eu entro e levo um oooooooooo... (famoso "breque de boi').
Esperei.
Passaram alguns minutos...
Ah,  tinha uma senhora vaca, simpática atrás de mim, o número 45, ela me perguntou se eu queria deixar o bezerro com ela... Se eu confiava? Quando ela falou "se você confiar" ai não sei por que, não confiei! Coisa de vaca louca, vaca encanada, vaca atolada... Sei lá... Não deixei a Brisa com ela!
Ah... A mulher bizarra, leoa de chácara, descruzou os braços e fez um gesto com as mãos que era para eu entrar! Tirei o casaco... Fiquei de camiseta manga longa... Ela me olhou... Reprovou, bufou e finalmente ouvi a voz daquela senhora!
- Não vai dar!
- Não vai dar o que? (Pensei em milésimos de segundos, ufa escapei desta porcaria!)
- A camiseta. Tem que tirar...
- Ah Ok.
Olhei para a porta... Ela sem titubear, bateu na cara daquela senhora simpática... Coitada, vaca tão bondosa...
Passou o algodão e veio o pulo, reação, reflexo, dor não dor, aquelas coisas que sentimos quando uma agulha entra assim de supetão... No meu caso, acho que eu jamais vou me acostumar com essas coisas entrando em mim de uma forma assim brusca, não sei, me sinto totalmente invadida!
Quando a vacina entrou, o corpo reagiu, um pouco para trás... Assim... Acho que é normal... Mas ela, definitivamente não gostou!
- Não adianta ir para trás, que enfio com mais força! - Ela disse.
Respondi:
- É que foi reflexo... Foi sem controle... Mas se a senhora tivesse me dado um toque, assim que iria enfiar a agulha, acho que eu teria segurado o corpo! (dei uma risadinha sem graça)
- Não é minha obrigação avisar quando vou enfiar a agulha!
(Afinal de contas você faz parte do gado que eu tive que vacinar nos últimos 200 dias)
- Ah... Claro, Não é obrigação, mas a senhora poderia ser mais simpática e avisar, olha agora vou picar... Ai a gente se prepara, mas com essa cara e esse mau humor...
Eu não aguentei, poxa, para que tratar a gente como bicho, como gado? Assim sem haver a mínima comunicação e respeito? Por quê?
- Também com estas coisas que escuto aqui... - ela completou elegantemente.
- Me desculpe, mas eu não fui mal educada com a Senhora... Mas a Senhora está com esta cara feia desde que eu cheguei, mas beleza, obrigada, tenha um bom dia!
(Acho que ela pensou, ah essa vaca deve ser Nelore, ela fala e até reclama...)

Sai, parei ali na frente e falei para um novilho, sentado ali no banco de cimento do ponto de ônibus, onde apoiei minhas coisas... Então, desabafei:
- Este posto é horrível, porque somos tratados assim?
Ele respondeu
- Eles são rudes, né...
- Muito, porque será?
Ele falou
- Não há explicação lógica para isso...
Aí, fui pensando... A explicação é lógica! Claro!
EU SOU UMA VACA E PRONTO!




quarta-feira

O recreio dos tempos...

Ah... O outono!



Hoje dedico este post à este tempo.

Como eu amo o outono! A estação do romance, do belo, do acolhedor...

E como é exuberante, ó majestoso outono!

Aqui em Campinas, como é arborizado, não tanto como o Rio ou Curitiba, mas é possível ver muitos Ipês, imperativos, invadindo as ruas, enchendo as calçadas em suas mais variadas tonalidades, os amarelos, rosas, brancos... Infinitamente lindos com o fundo azul de um céu limpinho, a brisa fresca, sutil, quase que gelada...

Ah... Flores dançarinas, folhas inquietas...

As paisagens naturais, pintadas à mão, pessoas bem vestidas, o brilho do sol em seus cabelos, o rosado no rosto... No nariz... As nuances do carmim da maquiagem, os casacos, as botas...

Tão chique esta estação!

E o perfume? Ah, podemos sim, mesmo durante o dia usar as fragrâncias mais marcantes, sentir o cheiro do couro dos casacos, dos sobretudos, o aroma dos cafés, dos caldos, da mandioquinha com a salsa, do vinho e das velas...



Quantos aromas!

Estação romântica, com as noivas de maio, o dia dos namorados em junho, o quentão e o casamento do caipira! Teria mês mais propicio para as pipocas, os filmes, as mantas, os chás, as meias, o quente invadindo o quase gelado...

Cobrir para descobrir!

Estação das sutilezas, como o sabor das limas, dos inícios e dos finais... Para alguns, o novo ciclo, para outros a chegada do final. O primeiro semestre se indo o e próximo chegando, tempo de refletir, do fôlego, do intervalo...

É o recreio dos tempos!



As frutas ficam maduras, as cores mudam, as folhas caem, como numa passarela, para que possamos passar, rumo à hibernação, nos preparar para o próximo, acolhendo nossa energia, rumo ao interno, ao quentinho...

Ao encolhido de nós mesmos!

Estação das cores nas árvores, nas roupas, nas bocas, cores nos olhos, cores dos apaixonados, que se grudam, na mistura da cor e das sensações, do provar, do sentir nos lábios o sabor e a temperatura...

Cores sentidas!

O cheiro do frio entrando sutil...acordando o corpo ainda muito quente do verão...Mas, não tão frio como o inverno...as sensações...

Contemplar o tempo...

É a perfeição das estações!

Ah... Outono que me invade o corpo, que me invade a alma...