segunda-feira

Minha espiritualidade...Fui convocada!

(continuação do post: Minha espiritualidade II)

(Guarujá-SP- Vista da praia da Enseada)

Ele me levou para sua casa, suplicou para que seus pais me deixassem ficar por uns tempos, qualquer lugar servia, mas sua mãe não permitiu. Foi a primeira vez que vi um homem de 1,96 de altura, de joelhos, mas sua mãe não cedeu, disse que não éramos casados... Não dormimos naquela noite, conversamos muito e ele lembrou-me da irmã que estudava e morava no Guarujá-SP, imóvel dos pais também, este sim a mãe permitiu, sob a condição de eu dormir no quarto de empregada (eu não poderia dormir nos quartos da família) deveria ajudar na limpeza da casa e contribuir com as contas. Trabalhei em lojas de roupas, no Shopping Enseada, das 10 às 22 horas, de domingo a domingo, pois só ganhava comissão, a época era boa, de férias, não parávamos nem para o banheiro, tive até pedra no rim, mas ganhei o suficiente para ajudar nas contas e para quase todos os gastos com o casamento. Trabalhei até o final da temporada, final do Carnaval, acabaram-se os turistas, acabaram-se as vagas... Tive que voltar para a casa do meu pai, porém de casamento marcado para o final do ano. Cuidei das gêmeas por um tempo, depois arrumei emprego e finalmente novembro chegou!

(Igreja Nossa Senhora do Rosário -Campinas -Foto de Eduardo M. P. Dantas)

Pagamos os gastos do nosso casamento e mesmo ambos sem credo ou religião, casamos na Igreja Católica, seguimos o conveniente e o convencional. Alugamos e mobiliamos uma casinha simples,  proxima a Osasco. Ganhei o vestido de noiva, a champanhe e o bolo do meu pai, em sua casa, apenas para o brinde, não tivemos festa, mas ele entrou com My Way , eu com Pompa e Circunstância,. Não tive lua de mel e nem a viagem, minha mãe e seu namorado estavam entre os que estavam nos bancos, alguém os avisou da data... Ao final da celebração, na porta da igreja, ganhei uma noite em um hotel da cidade, como um presente. No dia seguinte, seguimos para Osasco, vida normal, havia uma banca de jornal nos esperando, uma nova jornada... Trabalhávamos muito, das 5h da manhã até 19h, depois comecei a fazer faculdade e estendia até 23 horas... Depois comecei a vender trufas e bombons na faculdade e às vezes conseguia dormir umas 4 horas por noite, tivemos alguns comércios, bancas de jornal, banca de flores, loja de ração, muitos cachorros, gatos, muito trabalho, pouco dinheiro e muita distância... Arrumei um outro trabalho, uma clinica, no qual fiquei quase dez anos, nossos horários e hábitos não se encontravam mais e infelizmente quatro anos depois nos separamos...

Um dia percebemos que não fazíamos amor há meses... Não nos tocávamos quase nunca... Conversas sobre o quanto comprar, aonde e para que... Eu mergulhada em meus objetivos (estudar e trabalhar) não o via mais, e ele mergulhado em seus afazeres (comércio) também não... Eu com meus 24 anos e ele com seus 28, agora em caminhos opostos... Amor não alimentado  é amor morto!

A vida tem muitos caminhos, pessoas e coisas para que possamos nos distanciar do essencial para nossa vida, porém só nos damos conta quando já estamos muito distantes, quando já percorremos um grande e longo caminho... E nestes caminhos, como uma floresta, há muitos lobos e carneiros, mas os lobos são sempre mais atraentes, a felicidade instantânea como num envelope de sopa em segundos ficam penduradas o tempo todo na sua frente, você pega, coloca uns segundos no microondas, meche e engole... E simplesmente segue, vai para a próxima rua, encontra outro envelope e toma e segue, pegando e seguindo... Sempre em frente... Sem se preocupar com as marcas, arranhões, picadas ou mordidas, você se alimenta e vai!
Depois de seguir tanto, você percebe que não eram bem aqueles sabores, nem aqueles lobos, nem tão pouco aqueles carneiros, mas você já faz parte daquilo, já virou uma arvore, grossa, já está com muitas folhas, já comeu, bebeu, passou frio e sobreviveu no meio de tudo aquilo a base dos expressos, dos instantâneos e não parou para sentir nem saber sobre nada, nem dos perfumes, nem das essências...Não percebeu que não teve frutos, que não se uniu a nada e nem a ninguém, você só criou cascas!

Eu era uma grande árvore oca, cascuda e sem frutos...

Fui ver minha mãe quando me separei, depois de muita insistência dela... Mais de cinco anos sem sequer trocar um telefonema, recebia suas cartas, seus recados, seus postais de vários lugares do Brasil e do mundo, mas não os respondia até então... Voltamos a nos relacionar na separação. No período em que estivemos casados,  eu comecei a pagar um apartamento popular e ele um grande terreno na Grande SP, ele sonhava com a casa e eu com o apartamento próximo ao meu trabalho... Na separação cada um ficou com o seu sonho, ainda que no papel... Eu tive que ir para uma pensão, pois não ganhava o bastante para a faculdade, a prestação do apartamento e mais outro aluguel, fora que eu precisava de transporte e comida.

Eu dormia na pensão, com muitas mulheres diferentes das quais eu conhecia até então. A maioria de outros estados, trabalhavam como auxiliares de limpeza do banco Bradesco (Cidade de Deus), eram imigrantes do norte e nordeste, sem familiares por perto, assim como eu, sozinhas... Para trabalhar, elas usavam aquelas botas de borracha o dia todo, tinham longos cabelos e no mesmo local, nos dormíamos, elas cozinhavam, tomávamos banhos, era um único cômodo, cerca de oito a dez beliches, o chão era de ardósia e não tinha luz do dia, pois ficava no porão da proprietária da casa, local descente, e de gente humilde, mas era muito frio no teor e na essencia e tinha tantos cheiros,  de tanta coisa presente e diferentes naquele quarto, que não sabia decifrar o que era exatamente... Lembro-me que elas não conversavam muito comigo, pois achavam que eu tinha muitas roupas e também não cozinhava para preparar a minha marmita, não lavava a louça no tanque onde se lavavam as calcinhas... Portanto não entendiam porque eu estava ali! Eu tinha tanto nojo de tomar banho, porque os cabelos delas entupiam o ralo e quando eu ia tomar banho a água começava a subir no meu tornozelo que eu sentia desespero... Eu cortei meu cabelo bem curto, para tomar banhos rápidos e procurava deitar logo... Quantos cheiros... Eu chorava, lembrando que há pouco tempo eu tinha um marido e uma casa e no outro estava ali naquele lugar, eu me culpava e me arrependia dos meus sonhos, das estradas que almejei em trilhar, deveria ter feito outra coisa, não deveria ter ido estudar, não deveria ter andado por este lado, mas eu sempre queria mais, eu não queria mais andar de Variante verde abacate, eu não queria morar mais em casa de fundos, eu não queria mais depender de ninguém, eu queria ter uma família, mas achava que para isso eu precisava do estudo, do dinheiro, do carro, da casa e de tudo que estava tão longe de família...

Não era nada disso...

Aos 25 anos, quando eu já estava em meu apartamento, concluindo minha faculdade, ganhando bem, totalmente livre e independente, soube que tinha um problema de saúde, tratamento possível, como o faço até hoje (um dia falo melhor sobre isso de quando e como, ainda não é o momento).  Depois soube também, que além deste problema eu tinha outros e que teria que tirar meu útero, que jamais poderia ser mãe...  E como alguem que já achava que havia conquistado o mundo eu cai novamente. Entrei no ritmo de pessoas que não se importam com nada e nem com ninguém! Eu não valia nada mesmo! Eu era só mais uma ali no mundão... As pessoas não me notavam e nem me importavam... Nada era nada! Ninguém tinha vez e nem espaço no meu mundo... E foi assim até conhecer o Carlos com quase 30, numa noite em que cheguei mais uma vez bêbada, sem rumo, vazia e sem vida...

(Detalhei sobre isso no post Um coração para ser salvo)




E Deus nisto? Será que Ele me olhava? Eu achava que não... Sabia que Ele existia, mas para os fracos, para eu não! Eu já O tinha visto passando por ai, mas nunca O havia procurado de verdade, porque sempre me considerei uma fortaleza, uma rocha, um trator que passava por cima de tudo e de todos, inabalável eu dizia:

Manda mais! Manda mais! Manda o que Você quiser porque eu agüento firme!
Se Você acha que vou ficar no chão e lhe pedir para ser acolhida, transformada, restaurada... Eu não! Eu não preciso de Você, eu tenho orgulho de devorar tudo e a todos... Pode mandar o que Você quiser, o quanto quiser e como quiser porque eu simplesmente vou passar por cima com meu trator e pendurar meus troféus para Você ver!

Assim eu estudei muito, fiz faculdade, fiz cursos, fiz pós, trabalhava na semana em dois empregos, virei a "workaholic", a fria e calculista do começo desta série de postagens...


Mas Ele, criador sábio e conhecedor das entranhas de seus seres, sabia que nesta luta de mostrar que eu precisava Dele, teve mãe ruim, pai alcoólatra, madastra louca, irmãos drogados, armas, fugas, doenças, dores, lágrimas, solidão, fome, frio, humilhação, fugas, cansaço, falta de dinheiro, falta de paz e fuga fuga fuga e ainda não eram suficientes para que eu abaixasse a guarda e me entregasse. Não! Eu não permitia fraquejar nem no meu estado mais íntimo, nem com Ele... Nem com ninguém! As minhas máscaras eram tão espessas e tão pesadas que nem para ele eu as tirava, eu não me permitia ao menos admitir para eu mesmo que eu estava sofrendo, era algo inadmissível, porque eu havia chegado lá e o fato de dizer que ainda não estava bom, era como reconhecer que eu não havia conquistado nada!

Dá para imaginar o que isso significava para mim?

Precisou muito mais para eu me render... Precisou eu ser mãe de uma menininha de 2975 kg, 49 cm, no dia 10 de março de 2004. Gerada após muitos tratamentos e mais dores, para que eu pudesse provar do amor que não eu nunca havia experimentado, provar do amor de mãe para filha... Que amor era esse que eu tanto desejei, eu não conhecia e agora ele estava ali... Chorando... Pedindo para nunca mais deixá-lo escapar... Precisou eu ter um ser que dependia de mim 24 horas, para que eu pudesse compreender, para sentir tudo o que eu não havia sentido, eu não sabia o que era aquilo e era como se eu pudesse voltar no tempo e me vendo na Pietra, em seus olhos...

(Carlos e Pietra - 10.03.2004  Hospital Pró Matre Paulista - SP)

Foram muitos momentos de felicidade e descobertas, mas, no final de 2007, ela com três anos para quatro anos, começamos, (eu e o Carlos) brigarmos muito e ainda na frente de nossa filha!  Eu me vi novamente naquela mesma cena, porém com os motivos de brigas diferentes, mas eu, no meu lugar minha filha tão desejada, tão querida, tão amada e estava indo tudo no mesmo caminho que eu fui, trilhar as mesmas dores, passar pelas mesmas dificuldades, a faze-la passar por tudo que eu havia passado.. Somente pelo meu orgulho, orgulho esse que me manteve viva até então, mas agora estava me atrapalhando, me impedindo que eu não deixasse seu pai partir...

Mas eu o deixei... E ele foi embora para poupá-la de nossas desavença e eu o deixei ir por orgulho, orgulho de achar que eu, somente eu poderia dar conta da situação, eu sempre estive no comando, porque não continuar...


Mas Deus me resgatou, resgatou-me para que não cometer os mesmos erros, não fazer daquela criança não só uma mulher batalhadora e honrada como sou, mas de coração duro e sem infância como eu era, criada sem o amor e o vínculo dos pais... Resolvi sim, ir atrás do Carlos, ele ficou fora de casa por três meses e pedi que voltasse. Juntos procurarmos e nos rendemos ao amor de Deus, porque eu agora tinha a possibilidade de reverter toda a minha história, de reverter o modelo que se repetia e pode sim construir uma família baseada neste amor!

Hoje percebo Sua presença em nossas vidas, de como tem nos preparado ainda para grandes jornadas, mas com a família unida, fortalecida não só com orgulho e honra, mas com amor! Porque sempre pensamos que devemos amar primeiro quem nos gerou (nossos pais), depois amarmos quem nós escolhemos (nosso companheiro/companheira) e depois a quem geramos (nossos filhos) Mas, Ele me ensinou que mesmo não podendo amar primeiro quem me gerou, posso sim começar escolhendo alguém para amar e deste amor gerar outro amor e até voltar a amar a quem eu fui gerada... Não há seqüência lógica no amor, não há ordem, não tem quem é o começo, ou o meio ou o fim, porque não se tem fim para o amor e sim o desejo dele existir e pronto!

"O verdadeiro amor nunca se desgasta. Quanto mais se dá, mais se tem." (Antoine de Saint-Exupéry)

"O amor é a força mais sutil do mundo." (Mahatma Gandhi)

"Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor." (Madre Teresa de Calcutá)

"Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não basta ter força, é preciso também viver um grande amor." (Wolfgang Amadeus Mozart)

"A medida do amor é amar sem medida."(Victor Hugo)

"Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca."(Clarice Lispector)

Não vou dizer que é fácil ou que depende de sentimentos, não depende. Depende sim de atitudes! É necessário olhar e dizer que quer isso para a sua vida e segurar com todas as forças, porque há muitas coisas que nos faz pensar que o verdadeiro sentido da vida é estar em ser livre e sozinho no mundo... Mas, fazer algo dar certo exige muito mais que sentimento, exige amor e o amor não pode ser menor que o orgulho, a raiva, o medo, a incerteza, a duvida, a depressão, a tristeza, a alegria, a amizade, a tranqüilidade, o conforto, a feiúra, a beleza, o alto o baixo, o rico ou o pobre, o amor deve ser acima de tudo que passamos, porque ele nos faz muita falta em todos os momentos de nossa vida.

Só podemos ser amados e amar quando reconhecemos que precisamos do amor de Deus em nossa vida...

Minha jornada espiritual só começou quando me vi em minha filha e foi neste amor que pude perceber que desta vez eu não estava mais só e que não bastava só ser forte e honrada, eu precisava mais que isso, eu precisa de Deus para continuá-la amando e sendo amada por ela e isso eu não poderia perder!


Pietra linda!

Hoje além do Carlos, da Pietra, temos a Brisa e precisamos continuar com esse amor...

Quanto a minha mãe... Ela conviveu com a Pietra por uns quatro anos, hoje ela esta com seis, mas felizmente não dei a ela uma segunda chance para magoar a Pietra. A Brisa ela ainda não conheceu... Ainda estou trabalhando meu coração, pedindo forças, para que um dia eu possa novamente ensiná-la a me amar e aos meus, assim como minhas filhas me ensinaram com mais de 30 anos que é realmente sentir o verdadeiro sentido do amor e o quanto precisamos de Deus para a cada dia renová-lo...

Não é que o amor cresce somente através de um marido e filhos, porém essa é minha vida e foi o que me fez falta e naquilo que não tive que descobri que podia amar...

Mas cada um pode buscar o amor, através do amor de Deus, onde se sente realmente amado, isso com o partilhar, não só através do casamento ou filhos, Há como encontrar o amor de muitas maneiras e com pessoas que nem sempre são frutos de relacionamentos conjugais.

Este depoimento foi feito porque domingo passado, me vi na tela (video abaixo - aparecemos a partir de 1:10s) e ali diante de centenas de pessoas, senti dentro de meu peito, sendo convocada diretamente para falar deste amor, convocada a partilhar desta experiência com vocês e espero sinceramente que possa ter gerado uma vontade de sentir um pouco deste amor...

Mostrar que após tantos anos, mesmo não me sentindo amada, não sendo gerada e nem criada em um ambiente de amor e após ter passado por tantas dificuldades posso aqui dizer que é possível, que fiz gols sim, porém deixo meu técnico lá em cima continuar atuando para que eu possa vencer nesta Copa da Vida e hoje jamais só, mas com um grande time!
Video mostrado no dia 20.06.10 na Chacara Primavera)

Desejo com todo o meu amor, que Ele também te convoque!

19 comentários:

  1. Andréia,

    Eu não dou conta de fugir à minha sensibilidade. Não adianta! Sou emotivo! O seu relato, como eu já havia comentado e previsto, revelou o renascimento de outra mulher. Ainda que eu tenha antevisto, não houve como conter minhas lágrimas tímidas... O seu encontro em Deus é inspirador!

    E sei bem como é a consciência de saber-se em permanente construção. A estrada, tão cheia de buracos e deformidades, exigirá ainda mais. Sabemos disso. Importa, entretanto, a transformação experimentada, o coração desarmado e aberto, aprendendo outras descobertas, aprendendo outros trajetos. E é isso o que sinto em sua fala. Um continuar constante de amor sendo aprendido e repartido.

    Fico feliz, muito feliz, por permitir a todos nós sabermos sua estrada, suas encruzilhadas, seus percalços, mas sobretudo, sabermos o seu grande encontro! Muitas das escolhas que fazemos são nascidas dos exemplos que nos circundam! Feito o seu!

    Admiro-a. Não só pela luta, mas principalmente por permitir-se e Nele se refazer inteira! Suas flhas, sua família, com certeza provarão desde amor com sabor de vida e nele construirão seus sonhos alicerçados na fé. Alicerçados no exemplo de vida! Sim! De vida!

    Com profunda admiração, receba o meu carinho!

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  2. Querida Andréa,

    de novo me emocionei, não tem jeito e nem poderia ser de outra forma,
    seu depoimento é carregado de verdade, de um sentimento que abraça todos nós que te lemos,

    fico tão feliz de ver como Deus trabalha em nossas vidas, transformando tragédias em verdadeiras conquistas e vitórias, e não só isso, usando seus vasos para transbordarem atingindo muitas outras pessoas,
    vc é uma verdadeira embaixadora dessa mensagem de esperança de que o mundo está tão carente!

    e se houvesse uma taça para vencedores como vc, gostaria de vê-la em suas mãos..
    mas sei que Deus sabe compensar de forma maravilhosa tudo o que nos falta,

    Muito obrigada por compartilhar sua experiência conosco e nos levar a uma profunda reflexão sobre o que estamos fazendo com nossas vidas..

    Carinho e beijos para vc, amiga!!

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  3. ..rs
    Andrea, nossa história é muito, muito, muito parecida. E eu tenho muito orgulho de saber que vc venceu, que vencemos, que estamos vencendo a cada dia, e principalmente, como Deus é bom, e coloca pessoas excelentes no nosso caminho.

    Parabens, viu? Por toda sua garra e vontade de viver, vc é guerreira, corajosa e acima de tudo muito vitoriosa!

    um beijo enorme!
    E beijos nas meninas!!!

    (Ah desculpe a sumida, eu estava viajando a trabalho! Mas cá estou eu de volta!)

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  4. Menina! Muito interessante sua história. Nunca pensou em transformar tudo isso em um livro, onde pudesse contar mais detalhes? Porque aqui nos posts vc fez um resumo do resumo e sei que aconteceu muito mais...

    Olha vou te dizer que a minha vida tb foi algo bem pesado... Tanto que eu escrevi um livro sobre ela, e só até uma parte. Todos me cobram a continuação, tipo uma parte II ou algo assim... Quem me conhece mais de perto sabe dos elefantes que tive que matar... E sinceramente olhando pra trás nem sei como tive forças... Pra hoje está de pé e com uma vida que acho satisfatória... Sim eu sei! Muita fé em Deus! Sim, foi isso que me ajudou muito. Saber que ele tava comigo me apoiando e me levantando nas piores horas...

    Pense no que te disse, sua história é de coragem e resistência, vale à pena um livro...

    Beijocas

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  5. Andrea, terminei de ler a sua história em lágrimas. Quanta rendição! Quanta bênção! Quanta batalha até você se aproximar, de coração, Dele. Seu testemunho de fé é ensudercedor, porque ele grita aos corações. É impossível passar inerte à sua história. Que você seja, SEMPRE, esse vaso de bençãos sem par a todos que a rodeiam. Obrigada pela honra de participar da sua história de convocação. E, fico alegre de saber que o Senhor trouxe uma pessoa tão maravilhosa para o nosso lado! Ele é magnífico mesmo! Um beijo de irmãs, Deia.

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  6. Andrea, eu cresci ouvindo da minha mãe que era muito má e que nunca iria ter nada na vida! nada... ouvi tanto isso que desisti antes mesmo de começar. Qdo via algo que parecia maravilhoso, como uma oportunidade de estágio na faculdade, eu nem passava perto. Pensava: Imagina, eu sou má, nunca vou ser merecedora disso...
    Só melhorei (e continuo num árduo trabalho pra isso), qdo conheci meu marido. Até hj ele tenta me provar que mereço sim amor e felicidade. E Deus? Me emociono só de pensar, é como beber agua da fonte, pura e cristalina, choro de pensar N'Ele...

    UM beijo minha amiga!

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  7. Oi Andrea! Na verdade fui eu, a Luli, irma da Juju, que lhe indiquei para o Meme. Meu blog e: www.segundafeiraluli.blogspot.com. Depois passe la! Um beijo, Luli

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  8. Oiê,

    A menina da foto (sua filha) é linda e se parece muito com a moça do blog anterior (Devaneios e Instintos Dissonantes) que acredito ser você.
    "Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos..."
    Você conhece a história da pérola?
    Pois bem, andou fabricando pérola, né?
    Beijos :)

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  9. Querida Andrea acabo de ler todo o seu relato emocionada, mas imensamente feliz, pois embora a vida tenha sido dura por demais, você deu a volta por cima, encontrou apoio na sua família criada e na religião. Não desistiu e hoje pode derramar sobre suas filhas e seu marido esse imenso Amor.
    Um grande beijo e um caminho de muita luz para vocês, sempre!

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  10. Fico muito feliz e emocionada por ter tido a oportunidade de conhecer uma pessoa como você. Sua história me fez rever algumas coisas da minha história. O fato de apesar de tudo você ainda cogitar a possibilidade de um dia ficar bem com a sua mãe, é impressionante. E me fez pensar... isso porque eu sou extremamente rancorosa... fico remoendo coisas ruins que me fizeram. E no fim isso só faz mal a mim mesma. Perdoar os outros é algo ainda muito difícil pra mim... mas mais difícil ainda, pra mim, é ME perdoar. Eu nunca me poupo das coisas que eu faço. Sou muito cruel comigo mesma.
    Fico muito feliz também por essa história ter caminhado (e ainda continua caminhando... como vc disse estamos sempre em construção)para um final feliz... Você, o Carlos (tô intima já) e as suas meninas (lindas) formando essa família linda, que tem aprendido a suportar os altos e baixos da vida, sempre com base no amor, na humildade e na fé em Deus.

    Que sejas mais e mais feliz.

    BeijoZZz

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  11. adoro as suas historias ,mas por vezes me fazem chorar ,parece ser a sua filhota certo?é uma crianca muito linda ,parabens pelo texto ,daria um livro as tuas historias amiga .
    Bj com muito carinho,fica com deus

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  12. Ah, eu chorei...

    Fiquei emocionada por conhecer tua história, Andrea! Foi bonito ter compartilhado conosco.

    Beijos,

    ℓυηα

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  13. Realmente ando mais ácida do que o normal... é que não to podendo falar, aí eu descarrego tudo no blog... ahahah...

    Não sou ariana, sou geminiana, mas minha lua é em áries, dizem que é a forma como vc se expressa... Então eu me expresso como ariana... rs

    Infelizmente eu só tenho três cópias do livro em papel... Perdi o arquivo do computador... E na época o diskete que salvei tb deu defeito, enfim, o livro não foi publicado, então quando alguém do meu convívio quer ler eu empresto a cópia, entende? Mas um dia eu passando pro pc, porque eu preciso, eu te mando o arquivo, ok?

    Não precisa agradecer por eu vir aqui, venho porque gosto do seu cantinho... ehehe

    Beijocas

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  14. OI Andrea, então...ler sobre sua vida é participar de uma transformação, é saber que a vida é sempre possível...
    É quebrar as resistências sobre as coisas do divino, um depoimneto muito bonito que aliado ao sorriso no vídeo comprova a alegria que hoje mora em seu coração, sei lá..mas o sorriso estava muito espontaneo e assim cheio de vida para doar...não desista da sua mãe~, talvez essa seja sua maior chance de demonstrar seu amor, sublimar...ser ainda maior que tudo isso....tenho certeza de que te fará super bem...
    Um abraço na alma...
    beijo

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  15. Somos um produto de nossas escolhas e apesar de todo o sofrimento, vc sempre fez as escolhas certas. De qualquer modo, os que nos fazem bem nos ajudam e os que nos fazem mal, também nos ajudam de uma forma meio invertida. Sua história é admirável e acho que muitos poderão tomá-la como um exemplo, como alerta de que ter infelicidades não quer dizer ser infeliz. Você se superou, superou as dificuldades, superou os medos, superou o que parecia insuperável.
    O selo é seu e quero te oferecer um outro que tenho lá. Chama-se "Mulherers Fabulosas" e é a tua cara. Ele está postado lá em baixo juntos com os outros.
    Beijos.

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  16. Andrea, eu já havia lido mas só agora estou comentando. Vou salvar essa junto com as demais para fazer a publicação. Te mando uns e-mails enquanto estiver fora (hu-hul, correspondente internacional, filha, né pouca merda não...)
    aí a gente faz os acertos e publica. O que acha?
    Me mande um e-mail gata, com teu parecer.
    Quero colocar as fotos maravilhosas de Pietra e da Brisa (não canso de achar esse nome lindo) também!
    Beijocas, amore mio!

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  17. Sabe Andrea, me vejo num dilema sobre oq escrever pra vc nesse comentário.

    Temos amigos em comum, por isso nos conhecemos, mas não desfrutamos de um convivio constante, mais proximo, mas eu preciso te dizer que senti tanto orgulho de vc lendo esse relato final que precisei parar um pouco e assimilar tudo para depois começar a escrever. Tinha ficado furioso com a forma que te tratavam, e nesse post senti que no final das jornadas, depois de tanto sofrimento, Deus te recompensa. É nunca duvidar disso.

    Pietra e Brisa são mais do que sua razão de viver, elas trouxeram um alento que vc não tinha, não conhecia, a possibilidade de um amor sem cobranças, puro, dependente, mas valioso.

    Não há duvida que elas serão grandes mulheres, pq não passarão ilesas por uma adolescencia, por uma vida adulta sem ter o espelho da mãe, que é o maior exemplo de luta e superação que poderão ter nas suas existencias...

    Mas qdo vc fala de Deus e do seu encontro com ele, eu não o vejo na figura das suas filhas...claro que elas são obra de uma descoberta espiritual...mas Deus apareceu pra vc na figura do Carlos. Ele foi o inicio da sua salvação, atraves dele vc pode descobrir oq é ser mãe, ser respeitada com dignidade e confiança.

    Uma vida a dois requer muito mais que amor, tem que ter paciencia, submissão as vezes, companheirismo e tantas outras coisas que dariam um post se fosse enumera-las...então, por mais que a vida com seu marido as vezes tropece, não permita mais que haja "separação"...temos nossas personalidades bem definidas mas as vezes é bom parar e analisar se não estamos sufocando ou exigindo demais do outro.

    Carlos, Pietra e Brisa são a sua familia. Os outros, pai, mãe e irmãos, fazem parte de uma outra história. Não se puna pela falta de contato com eles. Temos o livre arbitrio de escolher a quem amar. Não se prenda em convenções socias de que não ter apresso por familiares é uma coisa horrivel. O amor que vc dedicou a todos foi muito maior do que poderia dar...então veja se não secou. E caso o tenha feito, não se torture com isso.

    O dia que vc achar que suas filhas estão suficientemente fortes para encarar decepções, então pode tentar reaproximações...enquanto isso deixe-as pensar que a vida é feita de lindas nuvens de algodão doce...não exponha as crianças a problemas adultos...vc mais que ninguem sabe oq é ser banido da infancia ainda nela.

    Repito...sinto muito orgulho de vc...do que construiu...do amor que vc dedica a suas filhas e ao seu marido...

    Espero que seja feliz...muito feliz...independente do que o mundo em volta ainda tente machuca-la...

    Beijo a todos vcs...nessa incluo até o Carlos...rs rs rs...pq não ha modo mais sincero de demonstrar carinho do que o beijo...e vcs merecem...

    té mais.

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  18. Olá Andrea!

    Você é um exemplo vivo de superação. Parabéns!
    Que Deus ilumine e derrame muitas bençãos sobre você e sua família. Que vocês sejam sempre muito unidos e felizes!

    Um grande beijo para todos vocês!

    Johnny

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  19. Olá, Andrea!
    Tenho procurado te ler, porque gosto muito e sua palavra me agarra com força e beleza.
    Você já postou mais alguns textos seus e eu não tinha dito nada sobre essa sua espiritualidade.
    Céus, como você suportou tantas dores e hoje é esse pessoa linda que conheci no curso de monotipia e passa alegria, verdade, doçura e opinião firme sobre a vida. Vi tudo isso em poucas e ótimas palavras naquela tarde de sábado.
    Fala de haver um tempo em que tinha um contato distanciado das pessoas (com certa razão pois precisava se proteger, estava frágil) e me sinto agraciada por você ter mudado isso e termos nos abraçado como pessoas já conhecidas antes dali!
    Fico feliz por você e sua família e por todos que cruzarmos seu caminho.

    Muitos beijos,

    Marga

    PS_Adorei seu comentário sobre o desenho, contei a Pedro que você concordou com ele. Gracias!

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