sexta-feira

Meus amigos,votos e desejos para todos nós!




Gente... Tenho tanta coisa para contar e compartilhar que nem sei o que escrever primeiro...
(Dívidas estou com todos sem excessão, mas ainda vou pagar com juros e correção de carinho...)

Meus últimos meses deste ano têm sido em alta velocidade, não vou mentir que não gosto da correria, mas sinto o cansaço deste ano tão cheio de novidades no meu interior e fora dele...

Muitas coisas já relatei aqui, como a dispensa do trabalho que tanto gostava logo no começo do ano, na seqüência o nascimento da nossa pequena Brisa, que, mesmo eu não sendo uma marinheira de primeira viagem, posso lhes garantir que cada filho é um filho. Não tenha dúvidas de que se tiverem dez filhos, os dez serão sempre uma surpresa em relação ao comportamento e personalidade. Para quem não sabe, fique sabendo, bebês já nascem com uma personalidade sim e não faz questão nenhuma de esconder isso de um adulto, o que eu acho mais interessante de tudo, pois, com o tempo vamos perdendo a nossa capacidade, a sinceridade e a naturalidade e, vamos nos fantasiando de gente complicada, gente que anda conforme o mundo quer, ou aceite que somos....

Os diferentes sempre são muitos sacrificados, porque afinal de contas, as regras existentes é para a maioria e não para minoria. Pessoas que pensam ou agem de forma diferente, passa sempre por avaliações, criticas e provavelmente sempre é reprovado, porque o mundo não suporta as coisas que saem fora do padrão.

Mas os bebês e as crianças, "não tão nem ai" (ainda), com o mundo e sua opinião hipócrita e preconceituosa. Vivem até os canais, escolas, amigos e tudo mais o que irem inserindo conceitos que todos vão seguir, Barbies, Ben 10, Pollys, etc etc, essas coisas que em cada cem mães, cento em uma passam...

Adultos que não curtem crianças têm problemas de aceitar os diferentes... Podem reparar, gente que fala que não gosta de criança, provavelmente é uma pessoa metódica e preconceituosa, porque a gente deve gostar de criança, não só porque são maravilhosamente lindas, mas porque ainda são seres humanos inteiros, menos contaminados, mais puros e ingênuos, coisa que só se vê nesta fase da vida ou em alguns casos raros, de gente que se preserva como humano dentre a selva.

Sou uma pessoa que conquistei e ainda conquisto muito, mas não tem como, não vivo numa caixa com meus troféus, derrotas e pessoas que amo, conviver com todos e tudo, porque, assim posso experimentar e depois falar. Acho que é isso que todos deveriam fazer antes de criticar....

A correria tem tudo haver com isso, porque nestes últimos meses vivi muitas coisas e para não me deixar abater com os movimentos que o mundão dá, com as decepções que todos passamos em relações às varias atitudes alheias, vou indo de cá para lá, buscando lugares, vivências, amizades, novas experiências, enfim vivendo e vivendo como todos vocês...

Tenho muita coisa para falar daquilo que sinto e como me transformo a cada dia que passo, em minhas rupturas, juntando e afastando, sendo e não sendo, rindo, chorando, amando e não amando... Optando por ser e estar na vida de pessoas e comportamentos que eu gosto ou não, mas sempre experimentando o outro, experimentando viver diferente e sentindo os gostos de vidas alheias...

Assim que eu sou e é assim que vou continuar caminhando...

Minhas filhas hoje são sem dúvida, a oportunidade que Deus me deu de viver de novo com 6 anos e também com 11 meses, vivo cada descoberta, cada alimento diferente, cada lugar e sensação com elas, vivo suas dúvidas, vivo suas expectativas e seus desejos de avançar de peito aberto para vida, sem restrições ou preconceitos, apenas para o viver, apenas para compartilhá-lo, apenas para o sentir, apenas para experimentar e dizer depois ahhhh, eu gostei! Ahhh eu não gostei... Não há medos, pois a ingenuidade faz com que não existam as amarras, amarras que colocamos junto com as mágoas, com os anos em que nos esquecemos de sermos livres e comuns, como crianças, simplesmente, de braços abertos às relações, o sorriso sempre no rosto, de coração e de alma livres, sem as cordas... Sem as prisões das culpas, dos sentimentos que pensam e engordam nosso espírito, outrora tão leve...




Desejo que em 2011, caso você não possa conviver com uma criança, viva com ela dentro de si!

Que Deus ilumine a vida de cada um que passou ou passa por aqui!

De coração, muito obrigada a todos vocês que me deram tanto carinho este ano todo!

...
Votos e desejos para 2011...

Amar a vida, cada dia com mais força e com mais fé...


Acreditar no poder da amizade e na alegria de fazer amigos...


Procurar guardar no coração apenas aquilo que constrói, edifica, eleva...


Alimentar sonhos, mesmo que pareçam impossíveis...


Conservar a esperança de que muita coisa pode ser mudada, não importa o tempo da espera...


Perseguir o ideal almejado, com todas as forças do corpo e da alma...


Ser - em cada dia do Ano Novo que começa - aquele que auxilia e acalma...


Olhar o outro como companheiro, complemento, razão de enriquecimento e crescimento, sempre...


Jamais desistir, se a causa é justa e verdadeira...


Continuar andando, apesar das quedas inevitáveis...


Valorizar tudo o que mereceu viver até agora, como graças e bençãos merecedoras de reconhecimento eterno...

(Texto que recebi de minha amiga Ana Lucia por e-mail, desconheço o autor)


Desejo também mais disciplina com meu blog em 2011...rsrsrs

domingo

Minha amiga secreta virtual...



Através do carinhoso convite da Esther (Blog Uni versos), estou aqui com minha participação no "2° Amigo Secreto Virtual de Natal" pois achei muito bacana a proposta do desafio de:

Falar de alguém que nunca havia lido, sendo assim, não conhecia e ainda assim, lhe fazer uma homenagem...

Minha secreta amiga, tenho aqui hoje um grande DESAFIO de:

Escrever sobre alguém que gosta muito de musicas e de poesias;

Uma pessoa que gosta demais de homenagear pessoas...

?

Que usa essencialmente seu blog para dar carinho e afeto aos demais;

Que busca um grande amor verdadeiro, mas já com muito deste, em seu coração...


?

Desafio porque é nas diferenças que aprendemos que, só assim nos conheceremos mais e melhor.

Desafio de fazer para tí um ACRÓSTICO, algo de que tanto gosta, para assim te homenagear,  que até então era bem acrosticamente falando algo que acroticamente eu não conhecia.

E é assim, quando acreditamos em nossos pré conceitos, de com quem aprender e para que, mais um exemplo de que sempre é possível aprender, mesmo que a pessoa em que você conheça, a princípio não se pareça com você...

Vivendo e se possível aprendendo, porque oportunidades, a vida sempre nos dá!

Aprender com os sorrisos e os choros, com as quedas e com as vitórias, mas principalmente aprendendo com pessoas, que são sempre uma vastidão de experiências para compartilhar...


Mulher, tu quem procuras um grande e verdadeiro

Amor, vou lhe dizer algo sobre "ele" e o porque hoje, são como verdadeiras raridades...

Jóias, porque o amor não é só um sentimento não, é uma grande e forte

Opção de vida, uma opção única, onde há sentimentos, mas é feito principalmente de atitudes e honra em relação aos 

Laços criados durante este estabelecimento de amor, sim o amor se estabelece, por isso não adianta

Ir de encontro de amores sem atitudes, porque amores assim  se perdem e voam com o tempo...

Minha amiga secreta do (...), obrigada pela singela oportunidade de 'ACROSTICAR" e desejo de todo coração que você viva um verdadeiro amor, porque o resto com certeza você conquista!

Bom domingo e fiquem com Deus!!!

(Esther obrigada mais uma vez por me mandar trocentos e-mails me lembrando do compromisso, sabes que sou péssima com datas e textos com temas pré determinados, obrigada por me tirar recesso quase que obrigatório...)

quarta-feira

Felicidade Suprema




Eu soube, por estes dias, da estreia do filme do Arnaldo Jabor, "A Suprema Felicidade", marcada para a próxima sexta, dia 29.

Mas, não vou me atrever a comentar sobre o filme ou  me aprofundar nos aspectos técnicos ou artísticos, nem mesmo sobre a direção, o roteiro, os atores e as atrizes, pois não tenho essa facilidade e nem o conhecimento necessário, como meus amigos: Sandra(Apenas uma vez), Rafael(Baú do Jamal) e Luis Fabiano (Blog do Luis Fabiano), cinéfilos e críticos de muito bom senso e bom gosto, com suas argumentações inteligentes e diferentes entre si, relatam sobre os filmes, de maneira brilhante em seus blogs. 

Vou apenas dizer que sou fã do Jabor, assim como muitos (vou tentar explicar o por quê)  e que vou com certeza assistir seu trabalho, após seu jejum de quase 20 anos.

O Jabor é do tipo que se ama ou se odeia, não tem meio termo. E eu me identinfico muito com ele. Identificação, não com a forma (quem me dera) mas como ele se mostra, através de seus textos e críticas... Me enxergo em suas experiências, pois, assim como ele, não tenho muito jogo de cintura não, sou daquelas que mergulha nas situações e vivo totalmente cada momento, nas suas delícias e dificuldades e sem meias palavras, digo o que sinto em relação às pessoas e ao mundo, sem me preocupar com a sensibilidade alheia.

Isto é odiável para uns, aprendizado para outros, pois como o Jabor, sinto que os extremos ainda são meus pontos ideais, não sei viver no muro, no banho  morno, no depende, no quem sabe, no Maria vai com as outras, no nhem nhenhem nhem  e na frescura de quem não sabe se vai ou se fica... Tomo minhas decisões e parto com o peito aberto, aberto às críticas e aplausos, e o que vier é lucro, pois já estou no comando do trator, então de qualquer forma vou passar por cima das turbulências e  nos desníveis dos solos, porém, me atentando aos seres,  não mato as criaturas que vivem nos buracos, nos arbustos , arvores ou nos caminhos... Respeito a vida e respeito acima de tudo meus princípios de não prejudicar o outro para benefício ou felicidade própria. Não vou pisar na cabeça do outro, para me manter em pé....




Há de se ter respeito pelo que se é ou que se tenta ser, mesmo que o cadeira com encosto alto lhe pareça a mais confortável. Ser gente realmente não é para qualquer humano, dá um trabalho animal. Tal como enxergar onde há felicidade, nos grandes e pequenos gestos, precisamos lixar bastante a alma, para que ela possa absorver os tons da vida...

Felicidade é algo tão pessoal, tal como os perfumes e os cheiros. Precisa saber usar, sem abusar, porque senão fede.

O filme ainda não assisti, mas creio eu, que ele não deve estar preocupado com as criticas, negativas e positivas que andam publicando por ai, pois o que ele quer falar mesmo é de felicidade suprema (e extrema) para isso, com certeza não se preocupou nem os com Chicos e nem com os Franciscos, simplesmente dará o seu recado e quem quiser, como diz minha amiga Luna (Palavras...Apenas momentos), que coma de colherada!

O texto abaixo, foi publicado em 3 de Agosto de 2010, no Jornal "Correio Popular", aqui de Campinas, e eu recortei e guardei para um dia publicar no blog.

Ainda bem, surgiu a oportunidade...

Espero que gostem e obrigada por ainda permanecerem por aqui, mesmo em minhas raras visitas em seus blogs e oportunidades de retribuir o carinho, sempre presentes!

A felicidade é uma obrigação de mercado

"Acabou o tempo do happy end"

Desculpem a autorreferência, mas estou terminando meu filme “A Suprema Felicidade”, que me tomou três anos, entre roteiro, preparação e filmagem. Agora, sairá a primeira cópia.

Amigos me perguntam: “Que é essa tal de ‘A Suprema Felicidade’? Onde está a felicidade?” Eu penso: que felicidade? A de ontem ou a de hoje?

Antigamente, a felicidade era uma missão a ser cumprida, a conquista de algo maior que nos coroasse de louros; a felicidade demandava sacrifício. Olhando os retratos antigos, vemos que a felicidade masculina estava ligada à ideia de “dignidade”, vitória de um projeto de poder. Vemos os barbudos do século 19 de nariz empinado, perfis de medalha, tirânicos sobre a mulher e os filhos, ocupados em realizar a “felicidade” da família. Mas, quando eu era criança, via em meus parentes, em minha casa, que a tal felicidade era cortada por uma certa tristeza, quase desejada. Já tinha começado o desgaste das famílias nucleares pelo ritmo da modernidade.

Hoje, a felicidade é uma obrigação de mercado. Ser deprimido não é mais “comercial”. A infelicidade de hoje é dissimulada pela alegria obrigatória. É impossível ser feliz como nos anúncios de margarina, é impossível ser sexy como nos comerciais de cerveja.

A felicidade hoje é “não” ver. Felicidade é uma lista de negações. Não ter câncer, não ler jornal, não sofrer pelas desgraças, não olhar os meninhos-malabaristas no sinal, não ter coração.

O mercado demanda uma felicidade dinâmica e incessante, cada vez mais confundida com consumo, fast food da alma. A felicidade é ter bom funcionamento. Há décadas, o precursor McLuhan falou que os meios de comunicação são extensões de nossos braços, olhos e ouvidos. Hoje, nós é que somos extensões das coisas. Fulano é a extensão de um banco, sicrano comporta-se como um celular, beltrana rebola feito um liquidificador. Assim como a mulher deseja ser um objeto de consumo, como um avião, uma máquina peituda e bunduda, o homem também quer ser uma metralhadora, uma Ferrari, um torpedo inteligente – e, mais que tudo, um grande pênis voador.

A ideia de felicidade é ser desejado. Felicidade é ser consumido.

Dirão vocês: “Bem, resta-nos o amor...”. Mas, aonde anda, hoje em dia, esta pulsão chamada “amor”?

O amor não tem mais porto, não tem local para ancorar, não tem mais a família nuclear para se abrigar. O amor ficou pelas ruas, em busca de objeto, esfarrapado, sem rumo. Não temos mais músicas românticas, nem o lento perder-se dentro de “olhos de ressaca”, nem o formicida com guaraná. Mas, mesmo assim, continuamos ansiando por uma felicidade impalpável.

Se isso é um bem ou um mal, não sei. Mas é inevitável. Temos de parar de sofrer romanticamente porque definhou o antigo amor.... No entanto, continuamos – amantes ou filósofos – a sonhar como uma volta ao passado que julgávamos que seria harmônica. Temos a nostalgia lírica por alguma coisa que pode voltar atrás. Não volta. Nada volta atrás.

Sem a promessa de eternidade, tudo vira uma aventura. Em vez da felicidade, temos o gozo rápido do sexo ou o longo sofrimento gozoso do amor; só restaram as fortes emoções, a deliciosa dor, as lágrimas, motéis, perdas, retornos, desertos, luzes brilhantes ou mortiças, a chuva, o sol, o nada. O amor, hoje, é o cultivo da intensidade contra a eternidade. O amor, para ser eterno hoje em dia, paga o preço de ficar irrealizado. Aí, a dor vem como prazer, a saudade como excitação, a parte como o todo, o instante como eterno.

Há de perder esperanças antigas e talvez celebrar um sonho mais efêmero. É o fim do happy end, pois na verdade tudo acaba mal na vida. Estamos diante do fim da insuportável felicidade obrigatória. Em tudo. Não adianta lamentar a impossibilidade do amor. Cada vez mais, só o parcial nos excita. O verdadeiro amor total está ficando impossível, como as narrativas romanescas. Não se chega a lugar nenhum porque não há onde chegar. A felicidade não é sair do mundo, como privilegiados seres, como estrelas de cinema, mas é entrar em contato com a trágica substância de tudo, com o não-sentido, das galáxias até o orgasmo. Usamos uma máscara sorridente, um disfarce para nos proteger desse abismo. Mas, esse abismo é também nossa salvação. A aceitação do incompleto é um chamado à vida.

Temos de ser felizes sem esperança. E este artigo não é pessimista...

Arnaldo Jabor
Crítico, cineasta e jornalista carioca

domingo

Na conveniência as convivências...

(3 posts em 1)


A convivência com pessoas normais me faz me sentir bem.

Acredito que eu estava antes, cometendo o pecado da gula, querendo escolher, selecionar pessoas para ter ao meu redor, isso me faz hoje, parecer uma pessoa no qual eu não gosto, pessoa ambiciosa, gulosa e arrisco até em dizer invejosa, inveja de ser o que não é...

Daquelas que fica ao lado do outro para tirar algum proveito da situação.

No meu caso, eu queria sim queria provar os paladares mais apurados, as palavras mais rebuscadas, os perfumes mais cheirosos e a visão do belo e adequado nas roupas, o bom gosto nos gestos, na pele e nos cabelos, ainda que tanto relute: Como as embalagens mexem conosco, nos fascinam... Voltamos à infância, nos tornamos ingênuos e com "olhos maiores que a barriga" e quando menos esperamos, estamos ali tentando imitar essas pessoas que cobiçamos, buscando os mesmos gostos, participar do mesmo mundo, mesmo que aquele ainda não seja seu...

A velha desculpa de dizer que se deseja o melhor para si, mas na verdade, ainda que com razões louváveis, isso é muito pedante!

Lembro-me das escolhas que minha mãe fazia para si e o quanto ela repetia, ensinando-me a identificar características em relação às minhas amizades, fazer um bom garimpo pelo ter. Essas escolhas são sempre como presentes, acréscimos, como um dever de participar de algo imaginando ser o melhor para você e os seus, mas que na realidade, muitos são padrões fictícios, tal como uma novela, onde tudo é muito perfeito e belo.

Buscamos o belo, porque fica mais fácil, porque o bruto dá trabalho para lapidar, porque o bruto é nosso espelho e de nossa origem e insistimos tanto em fugir, ainda não sei a causa: ambição, inveja, fetiches ou isso disfarçado de vontade de crescer e evoluir (muito bonito isso...).

Dar um passo na grande escada de mármore, subindo alguns degraus, será com certeza um tombo, logicamente proporcional...

Olhar pessoas quando se sente acima, pode ser bom por alguns instantes, mas depois nos torna distantes e frios e quando menos esperamos, não percebemos o tão longe estamos de nossa essência, do que precisamos e do que realmente nos preenche. Ao contrário, estamos vivendo algo que não nos pertence...

Percebemos o desconforto de comer demais... Não precisamos de tanto!

O desejo de dar a última palavra, impor a opinião dos sabidos, daqueles que alcançaram de alguma forma mais e deixar bem claro que somos acima da "carne seca", sempre nos faz sentirmos superiores, além dos demais e além disso, muito soberbos... O prazer de olhar os outros com a indiferença nos olhos e nos sentimentos, disfarçando que a capacidade intelectual nos torna pessoas "seletivas".

Pobres ervilhas selecionadas...

Ainda que demore, um dia percebemos que o sabor se dá na mistura dos sabores, a consangüinidade só nos traz defeitos físicos e problemas psico-social, neural, orgulhal, mediocral e idiotal!

Manias e conceitos tão unanimes que não tem cor.

Ainda que algumas atitudes de falta de polimento me incomodem, a satisfação de ouvir pessoas que vivem n o r m a l m e n t e com que conquistaram e possuem, superando as dificuldades, é gratificante demais para tornar o ouvir, mais interessante do que o olhar. O olho ainda vê as formas do comer, vê os exageros nos adornos, vê os gestos pesados de quem sempre carregou pedras, mas consegue ouvir mais e sentir no coração, a alma de grandes gestos, do desejar verdadeiro, do tocar sincero e isso tem feito meus olhos enxergar muito além das cascas...

Precisamos nos dar a oportunidade de participarmos de outros mundos, ao menos colocar uma pequena dose em nossa vida para que possamos entender nossa essência, para que possamos compartilhar, mesmo que ouvindo, de experiências de vidas de outros para que possamos nos melhorar.

Estou me sentindo uma pessoa melhor por ouvir estas histórias...



"Um dia, uma mulher (uma colega de trabalho), contou-me o porquê está trabalhando lá:

Disse-me que o esposo na época estava na África a trabalho, que eles têm três filhos, sendo o menor com cerca de dois anos... Ela também tinha, como ele, um bom emprego, bem remunerado e que ela gostava muito.

Os filhos conviviam com as delicias que os salários de ambos compravam.

Um dia o menor parou de comer, não aceitava nenhum sabor, nenhuma cor, nada colocava mais em sua boca... Todos se desesperavam, ninguém encontrava a razão e como por nascer prematuro e seu desenvolvimento tornou-se mais lento que os demais, ele ainda não falava, então não soube dizer à mãe porque temia a comida em sua boca...

A mãe levou-o a muitos médicos, muitos e muitos, muitos exames, muito sofrimento e nada do menino comer... Quando via o prato de comida gritava, chorava e não aceitava nada! A pediatra, impotente diante dos fatos não científicos, aconselhou-a a largar do emprego, para que pudesse ficar com ele, pois ele emagrecia dia a dia...

Talvez fosse a falta da convivência com a mãe, tentou a médica.

A mãe ainda não convencida, saia no meio do expediente e tentava conciliar, participar mais, mas ainda não adiantava, ele não voltava a comer!

O marido de longe, vendo a imagem da criança, implora para a esposa largue tudo e fique integralmente com as crianças em casa...

Então, ela resolve largar tudo e fica com os filhos. Dispensa a babá...

Insiste, insiste, mas a comida ainda é rejeitada pelo menino e ela se pergunta: O que mais posso fazer???

Ela faz um purê de batatas bem caprichado, conhece o gosto do filho, o filho olha, sua boca enche de água, mas chora ao ver o prato, chora e chora e ainda sim, rejeita!

A criança cada vez mais magra, porém com o desejo faz a mãe desesperar... Ela tenta, ela insiste e nada...Num momento de fúria diante do cansaço, do desconhecido, ela esfrega o purê de batatas no rosto da criança e diz:
- Comeeeeeeeeeeeeee! Come, pelo amor de Deus, comeeeeee!

A criança assusta! Mas,entre o susto e o choro, lambe e sente o sabor do purê quando a língua encosta, provando não só o gosto, mas a temperatura... Percebe que gosta e que pode comer! E finalmente após semanas come. Num ataque do experimentar, no ataque da fome contida, ele não espera pelo talher, ele enfia as mãos no prato e como uma animal, enchendo as mãozinhas de purê e levando à boca, enchendo-a de purê... Engolindo freneticamente o alimento...

Seus olhos surpresos olham a mãe aliviada, que suspira, chora e deixa que ele se lambuze...

Passado o susto, com o alívio vem a constatação: Ele deve ter queimado a língua!

Ela procura a ex babá, que confessa o acidente... Deu a papinha muito quente e queimou a língua do bebê e com o medo de perder o emprego, calou-se, calou-se diante do sofrimento da mãe, calou-se diante da magreza do bebê, do desemprego e desespero, calou-se por medo, calou-se...

“Ambas precisavam trabalhar...”
...


Fábula da convivência

Há milhões de anos, durante uma era glacial, quando parte de nosso planeta esteve coberto por grandes camadas de gelo, muitos animais, não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem às condições.

Foi, então, que uma grande quantidade de porcos-espinho, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começaram a se unir, juntar-se mais e mais.

Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam uns aos outros, aqueciam-se mutuamente, enfrentando por mais tempo aquele frio rigoroso.

Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que lhes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte. E afastaram-se, feridos, magoados, sofridos. Dispersaram-se, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus semelhantes. Doíam muito...

Mas essa não foi a melhor solução! Afastados, separados, logo começaram a morrer de frio, congelados. Os que não morreram voltaram a se aproximar pouco a pouco, com jeito, com cuidado, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver sem magoar, sem causar danos e dores uns nos outros.

Assim, suportaram-se, resistindo à longa era glacial. Sobreviveram.

É fácil trocar palavras, difícil é interpretar o silêncio!

É fácil caminhar lado a lado, difícil é saber como se encontrar!

É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!

É fácil apertar as mãos, difícil é reter o calor!

É fácil conviver com pessoas, difícil é formar uma equipe!
(Autor desconhecido)
...

Para sermos uma equipe, "precisamos descobrir a alegria de conviver"
(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira

Novas experiências...



Somos o que vivemos, mas também, pensamos como estamos vivendo...


A cada comentário que recebo x o que escrevo x o que leio, percebo que a situação existe ou é percebida, caso haja alguma experiência pessoal ou próxima dos fatos.

A identificação vem sim, através do que passamos ou quando estamos muito próximos da situação ou sujeito, se não, não há química. Seria muito difícil esperar de cada indivíduo que compartilhe da mesma sede, quando há uma bica em seu quintal... Falar que entende, compreende e que sabe exatamente como é, somente são frases que formulamos ou repetimos, quando não temos o que dizer, como consolo ou até mesmo compaixão, porém sentir o que o outro sente ou passa, realmente é coisa para Jesus Cristo, não para nós...

Acredito até, que em muitas vezes nem é proposital ou é a indiferença à situação alheia, pois na maioria passam quase que despercebidas em nossa rotina fatídica, misturada aos prazeres do consumo, que quando olhamos e não vemos, ou vemos mas não focamos e simplesmente continuamos, seguimos, alheios ao que tange a vida do outro...

Aí, quando naquelas voltas enormes que nosso mundo faz, onde nem sempre o que está em cima, fica exatamente em cima e as posições se invertem, típicos da natureza, justa em que cada dia é um dia, para cada ser, experimentar, vez ou outra, o gosto da cereja do vizinho ou a falta do gosto de quem nunca a conheceu.

Com a ajuda química, mas quase imperceptível no meu corpo (pasmem, porque pasmei eu, com a mágica da coisa) do meu moderno anti-tristeza, senti várias vontades adormecidas: vontade de não comer por tédio, vontade de andar, vontade de dar e receber carinho, ver pessoas, sair mais de casa por gosto e não necessidade materna e sim finalmente trabalhar!



Ahhhh... Eu sempre amei trabalhar... Uma das coisas que mais me fazia falta era trabalhar  fora de casa... O processar das idéias, o relacionamento ora conflitante, ora prazeroso, o experimentar de cada roupa, apressada, o batom, o brinco, o perfume, as fofocas e os segredos, os olhares, a adrenalina dos prazos curtos, a impaciência pelo salário, as críticas e elogios, o mau e o bom humor, o cansaço e os cafés...

A arte de entender o outro, se colocar no lugar do outro, ajudar e ainda não criticar... Coisa para se não Jesus e artistas tarimbados...

No último dia 02, vi um anuncio: "Representante de Atendimento" - período de trabalho: Das 20h as 02H20, não precisa de experiência e o fretado me traria em casa por volta das 3h. O salário, bem, realmente é muito baixo, visto que não ganho salário mínimo há mais de 20 anos, mas para quem pretende ficar com as filhas durante o dia, sobra poucas opções de trabalho para quem tem formação ou experiência, restando apenas subempregos ou trabalhos que quase ninguém com algum embrulho e talvez conteúdo quer...

Está sendo uma grande experiência... Além do trabalho em si, totalmente novo, a convivência com pessoas não aceitas pelo mercado de trabalho. Pessoas que não se encaixam no perfil de beleza, opção sexual, formação e experiência e que ocupam, como eu hoje, a vaga em um "Call Center".

Hoje é meu último dia de treinamento, já fiz as quatro provas aplicadas, minhas metas são rigorosas, serei monitorizada nas 6h20 de trabalho, durante os seis dias da semana que estarei atendendo em torno de 120, 150 pessoas por noite/madrugada. A média/meta de atendimento é de no máximo 3 minutos e 38 segundos e a quantidade de informação que tive que estudar nestes últimos 15 dias, sobre aparelhos celular, planos, recargas, freqüência, bônus, rooming, etc. etc. etc., é extenso e difícil de imaginar que alguém que vai ganhar um salário base de 510,00, carece de tanto conhecimento, tanta informação, tanto preparo, tanta avaliação, como estou aprendendo com esses profissionais....


Só experimentando mesmo para crer!

A convivência com as pessoas está sendo um deleite, estou tendo a oportunidade de sair do meu quadrado, do meu aquário e misturar-me às pessoas comuns, normais, a grande massa sofrida e espremida com a pouca mistura, com as cantigas do boi boi boi, boi da cara preta... Com a falta de estímulo e de vontade de querer mais e melhor... Pessoas que se contentam com o mínimo que o mínimo proporciona, com o dividir constante, coisa que gente de classe média conhece e se recusa a fazer e coisa que rico nem sabe o que é.

Quem tem olho na terra de cego é "Rei", é o ditado mais apropriado à situação... Estou gostando da oportunidade de estar perto, de participar e saber que é opcional, pois para quase que a totalidade, é necessidade mesmo!

Gosto de ouvir os diálogos... De ter metas, de ter algo a alcançar, mesmo que seja a lingüiça de chouriço, pendurada na frente da manada, mas, fazer parte da corrida, mesmo que eu fosse totalmente vegetariana, vale pelo todo, pela competição, pela oportunidade, pelo movimentar de cada dia, por sentir que se está vivo e em conjunto, em algum grupo, mesmo que não seja o seu preferido ou de costume...

Não que estamos bem de grana não, mas Graças a Deus, não estou precisando colocar esses "dinheiros" (como diz minha amiga Balzaquiana) em casa... O trabalho está sendo benéfico para minha cabeça e minha alma, mesmo que o bolso ainda não sorria no dia pagamento.

Estou fazendo umas pesquisas, sobre o prazer e o sofrimento no trabalho, o stress no "Call Center" (esse mundo tão novo e cheio de particularidades) e por estes dias, agora passado as avaliações, terei mais tempo para voltar a escrever e ler com maior freqüência, visto que já faz mais de dez dias que não publico e nem comento nada!

Meu sono é enorme pela manhã, pois chego às 3h da matina. Ainda tenho minha rotina de casa e principalmente com as meninas, compromissos com médicos, ortodontista, fono, esporte...enfim, tenho que continuar ligada...

Sinto falta de ler os textos dos blogs nos quais admiro e sinto grande prazer em comentar, mas acredito que dentro de um mês, meu corpo acostuma e estarei mais organizada com o sono x trabalho x casa x filhas x marido x as coisas que gosto de fazer...

"Não sois máquina. Homens é que sois."
Charles Chaplin

Amigos blogueiros de casa e novos que aqui passaram neste último post, vou na próxima folga, entrar nos blogs antigos, conhecer os novos, comentar, enfim fazer tudo o que o tempo me permitir...

"Vamos nos permitir...Que não tempo que volte amor... (Lulu)"

Saudades de todos: Sal, Fer, Déia, Mi Satake, Vaneza, Dama, Jou, Lua, Luneta, Gilmar, Franck, Rafa, Marcos, Érico, Marli, Vanessa, Dom Martins, Isa, Esther, Amanda, She, Elaine, Alexandre, Luis Fabiano, Fabiane, Marcia Albuq, Marga Ledora, Pimentinha, Tatiana, Sonia Pimentinha, Sandra,
Erica, Letícia, Sãozita, Jonnhys, Tati, Flávia, Fernando, etc..etc..

Espero sinceramente, que estejam todos bem de sáude e de cabeça!

Obs. Peço desculpas aos meus queridos Déia, Esther e Gilmar pelos selos oferecidos e aceitos com prazer, no qual ainda não tinha tido a oportunidade de agradecer pelo carinho e lembrança... Muito obrigada!

País de elite.



Vivemos em um país subdesenvolvido, pobre, analfabeto e elitista!

Estranho, porque temos fama de um país acolhedor, porém acolhedor é o seu dinheiro e o que ele compra, o resto são folclores como muitos daqui...

As pessoas fingem que isto não existe, para que possam ser politicamente corretas ou dizerem que isso não importa, falar que o que vale é o sentimento, a amizade, a solidadariedade e o respeito...

Blá,blá,blá... Balela, mentira, histórias da Carochinha... Desculpem-me, mas isso é hipócrita demais.

Vale o que você tem e não o que você é. Isso é um fato! Se você não tem dinheiro, emprego, diplomas, roupas, carro confortável, não sabe falar, não tem gosto apurado e não usa um bom perfume,... Desculpe, mas você será excluído de tudo e de todos, porque as pessoas não vão ser acolhedoras como alguém que nada lhes acrescentam, financeiramente ou intelectualmente.

O que fazemos com essas pessoas?

Deixamos que, juntem-se e formem "Tchans", "Reboleitions", quadrados, quebra-isso, quebra-aquilo, tiririquem-se, para que olhemos somente para seu quadril, porque o quadril não precisa falar, precisa só rebolar e divertir a roda dos whiskys e dos prós seco!



Você diverte, mas não é divertido, você é uma pessoa, mas jamais será tratado como gente, você tem cérebro, mas não sabe pensar, você não opina, você não escolhe, você recebe a sobra e precisa sorrir, porque a roda precisa de seu sorriso, para bater a meta, a meta dos solidários à própria consciência...

Migalhas dormidas do seu pão, já dizia Cazuza...

Escrevo aqui isso, porque já permeei em muitos meios e uma coisa é o sorriso, a outra é a convivência. Cumprimentar uma pessoa, não significa que você está aceitando a mesma, apenas está livrando a sua consciência que já cumpriu seu papel.

Fiz minha caridade de hoje, cumprimentei o pobre numero duzentos de hoje, acho que já cumpri meu dever cristão e de cidadão!

Nossa, sou um exemplo de ser humano, sou humano então! Aplausos para o espiritualizado consciente social. Ele vai dormir melhor hoje, hoje talvez ele não precise de tanta droga para descansar...

Porque pessoas mal vestidas, que andam com carros velhos ou que não tem dinheiro, na verdade não tem direito a nada, não digo nada material, nada de nada mesmo. Nada de palavras, nada de amizades, nada de afeto, nada de respeito, nada de amor, NADA!

Se você não tem nada, isso quer dizer que você é nada. E quem nada, também bóia...

Porque informação para quem não tem dinheiro, para quê? Para nada vai servir, porque nada a trocar, nem mesmo a informação. Pessoas assim não fazem nada com muita informação.

As pessoas são tão hipócritas que acham que, sabe mais quem tem mais dinheiro ou que entende mais de finanças ou letras, ou que está com a melhor roupa. Inteligente é o senhor ou a senhora que carrega 500 aparelhos em torno de si, porque gente inteligente tem que carregar o mundo em torno dele, da cintura, da orelha, das mãos, dos olhos, na direção, precisa estar tudo nas mãos para que possa ouvir e ser ouvido. Gente importante tem que ser ouvida e aplaudida de todas as formas possíveis.

Gente pensante precisa ter os controles remotos nas mãos para sempre jogar...

Eles precisam dos sorrisos e dos aplausos... As pessoas são gulosas... Muito gulosas, mas, gente "chique" não deveria comer pouquinho? Comer devagar? Limpar os cantos da boca com o guardanapo e colocá-lo com delicadeza em cima das coxas das pernas... Falar baixo... Fazer movimentos leves, calmos, sincronizados, não abrir muito a boca para rir... Não colocar os cotovelos na mesa... Pequenos goles, para ser educado...

Não podem querer muito! Encher muito é feio, precisa colocar menos dinheiro no bolso, é feio falar com os bolsos cheios... É feio cuspir dinheiro quando está falando, é feio ser guloso... Goles menores, menos... Bem menos, não enche tanto o bolso!

Mal educados, esses seres pensantes!


O mundo entra em colapso diariamente por conta de tanta cobiça e poder, o dinheiro impera, tal como a vaidade.

Pisamos nas pessoas que é a grande massa, porque eles não conseguem cheirar bem, porque se vestem mal e porque falam errado... Pisamos porque eles estão à margem de um sistema que foca apenas o dinheiro, não se importando com a educação. Pisamos sorrindo, sendo gentil, porque somos seres que ainda com os guardanapos nas coxas, temos pés pesados, porque somos muito, muito gulosos...

Como podemos esperar educação de quem tem fome ou quem ganha somente para comer arroz e feijão. O que esperar do seu gosto musical ou do seu apreço por poesias e música, se seu filho clama por um copo de leite? Será que algum dia vai ter discernimento para entender o grito de desespero da opressão, em uma nona sintonia de Beethoven? Ou de um político mentiroso que oferece os portões dourados e pontudos dos buracos mais profundos...

Os brilhos seduzem todos os olhos, mesmo àqueles sempre fechados, que nada veêm ou pouco enxergam...

Exceções não são regras, exceções não movimentam o mercado, não somam estatísticas, não controlam a renda per capita, exceções são exceções...

Tal como a flor, delicada  no meio do cimento, em uma grande metrópole... Quebra, rompe, colore, e emociona...Mas, também morre! Sufocada pelo concreto...



A gente não quer só pasto e água...

quinta-feira

A Cura

  

Tenho assistido e gostado muito da minissérie: "A Cura" que vai ao ar (infelizmente) somente às terças-feiras, por volta das 23 h. na Globo.


Como são capítulos semanais, ficamos contando os dias para chegar a próxima terça e assistirmos um pequeno capítulo, desta história de mistérios e suspense. Quem nunca assistiu independente de crença ou religião, vai gostar, pelas histórias instigantes (duas correndo paralelamente em duas épocas), elenco de peso e produção, que dispensa comentários...

Além de todos os pontos bem brasileiros, diferentes dos enlatados americanos tão distantes de nossa realidade e cultura. (Desculpe-me os que gostam, mas àqueles seriados americanos são tão artificiais e frios, quanto os americanos...)

Apesar de eu particularmente, gostar de todas as minisséries da Globo, esta me chamou à atenção pelo tema:  A CURA, o salvar, o resgate...

As maneiras mais adversas de se tentar intervir na doença e na morte. Como se pudéssemos mudar o curso, a trajetória dos males... Essa busca humana incessante, pelo sobrenatural (que muitas vezes é pura encenação ou até mesmo delírios), mas, o mover das pessoas, que procuram esses curandeiros, místicos, videntes e paranormais para curar sua dor.

O que levam às pessoas a passarem por tudo que elas acreditam e vivem, para buscar qualquer solução para suas dores e perdas?

Acredito que ainda é o amor...



Ainda que saibamos que coisas assim não são possíveis, acredito que o interesse que há por de trás do tema é a vontade absurda que todo ser humano tem de intervir nos acontecimentos e mudar, transformar a espaço, o tempo e os acontecimentos.

É a busca constante da cura para que possamos manter àqueles que amamos próximos, como se pudéssemos mudar o curso da vida ou as escolhas Divinas.

Não critico pessoas que recorrem a tudo, porque felizmente nunca tive alguém muito próximo que estava entre a vida e a morte que quisesse verdadeiramente, ou que não aceitasse o fato, de estar partindo... Porém, se penso em minhas filhas, meu esposo, fico pensando até onde eu, em meu desespero iria, para que pudesse salva-los e mante-los ao meu lado, para que possa amar e recebendo seu amor... Para que não me deixassem, como se isso fosse possível... Mas, em momentos de desespero fico pensando até onde iríamos por eles.

Alguns até podem não estar confiando nos caminhos determinados por Deus, ou até não crêem Nele, porém eu penso que há por trás, a falta, mesmo nestes momentos de tanta dor, do equilíbrio para decidirmos o certo do errado, o charlatão do honesto, o bem do mal, do lícito e do criminoso, os limites que nossa mente e nossa crença nos dão diariamente para que possamos conduzir nossas vidas...

Sou uma que creio em Deus e o aceito, como condutor de minha vida e sei que tudo que nela acontece, tem um propósito e um caminho no qual Ele determinou e determina a cada dia, porém sei que como homens, somos muito falhos, portanto penso eu, que para nossos filhos e pelo amor, esquecemos a tudo e a todos e vamos atrás de tudo que se é possível para não perde-los.

Isso nem é consciente, é desespero, dor e emoção!

É daí que também entendo o tão grande foi à ação de Deus, dando-nos seu filho, para que morresse por nós, de maneira tão dolorosa...

Nem consigo imaginar o tamanho e o quanto de amor nisto há, pois fico pensando nos meus... Realmente eu não faria o mesmo!



Precisamos mesmo de doses e doses de amor para que possamos compreender a vida e a morte, mesmo que ainda não possuimos entendimento para tanto, mas para amar, precisamos apenas desejar amar e amar e amar, sempre, nos momentos de felicidade e de dor...

Somente o amor pode nos curar!

"O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar." (Charles Chaplin)
Dedico este post aos familiares e amigos do blogueiro HOD, (O olhar de Carpe Diem para o Século XXI) - (entrevista dele no Espaço Aberto) que ontem,  seguiu para o encontro com Deus...

Espero sinceramente que Ele, possa estabelecer a cura nos corações dos seus e trazer paz e as boas lembranças que o amor do Hod fez ao longo de sua vida.